E não sou eu que digo. É Jeff Bridges que participa em « Tron: o legado». Aliás o actor foi «digitalizado» para o filme. Trata-se de um filme sobre as tecnologias que não irei ver. Também não consegui ver «Matrix até ao fim - Eu confesso!
Bridges declara que «os filmes estão a caminhar numa direcção surreal. Em pouco tempo os realizadores poderão misturar um pouco de Bridges com um pouco de Marlon Brando e De Niro, e teremos filmes sem a presença física do actor» (Expresso 26 de Janeiro). E eu que gosto tanto de actores e de cinema!
Mas poderia dizer mais: Não gosto de caixas do supermercado, sem funcionárias, de portagens sem «portageiros», de hospitais, como o da CUF, sem as funcionárias que atendiam substituídas por senhas (nos outros já era assim), de escolas sem funcionárias, de contas on line, de apresentar os meus impostos na Internet... Porque estamos a extinguir postos de trabalho. Porque estamos a extinguir o relacionamento e depois falamos da sociedade do relacionamento! Enfim gosto de gente, de pessoas, de sorrisos... E gosto de dar trabalho a todos os que precisam de trabalhar e alguns só têm a sua presença e a sua simpatia para dar! E já era muito, numa sociedade mais solidária! Há tantos movimentos de protecção a x causas e ninguém se lembra que estamos a criar uma sociedade que não é para todos e não o é certamente para os mais velhos!
Blogue de professora de didáctica das línguas, de análise do discurso dos média, de comunicação, de mediaculturas... com «aulas virtureais»... e alguns desabafos.
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eu estou de acordo contigo. Aliás, tive o mesmo pensamento quando ouvi o que disse o Jeff Bridges.
ResponderEliminarA nossa geração não se compadece destas "desumanizações" da sociedade.Eu (con)vivi sempre lado a lado com gente, com calor humano, com sorrisos, com serões a conversar ou a ler...e o meu estar hoje na vida entristece-me por, justamente, não conseguir acompanhar aquilo que é o mundo em que vivo e em que se está a tornar: uma digitalização do homem, uma virtualização das relações humanas...
Será que ainda há papagaios de papel e piões e berlindes verdadeiros?