sábado, 29 de janeiro de 2011

«Tecnologia precisa-se» para a área da saúde ... e literacia

É um subtítulo do Expresso de hoje (peça intitulada «Controle remoto para tratar o corpo»).    A propósito da possibilidades futura (muito próxima) de instalar um mediador cardíaco wireless,  tatuagens de alerta para medir a tensão arterial, fita de cabeça  para detecção de apneia, adesivos check-up, aplicações de iPhone, Android , BlackBerry para medir níveis de açúcar...  é feito um apelo à população portuguesa  para a necessidade de desenvolver níveis de literacia da população, já que  estes dispositivos  vão permitir:_   «a substituição da informação massificada por personalizada e e da verticalização dos serviços pela horizontalização» , segundo Constantino Sakellarides, Director da Escola Nacional de Saúde Pública_  e formação de profissionais de saúde que dominem tecnologias biométricas a distância.

Ora é neste campo em  que me parece que, por exemplo, o Ensino Politécnico poderia intervir. Na proposta que fiz , há alguns anos de uma Escola nova de Tecnologias da Saúde, avancei com a sugestão de formar técnicos «mestiços» que dominassem a Física, por exemplo; (exigida para a criação e  manipulação de software que é rara, dado os Cursos de Física não terem «clientes»), as Tecnologias, a Saúde e as Humanidades - para comunicarem a distância (valências das diferentes escolas dos IPS).

Olhando para os planos de estudo de muitas Escolas, continuo a interrogar-me sobre os cursos que têm sido criados para responder a esta necessidade de intervenção na saúde pública.

A nova maneira de fazer Medicina passa certamente por estas vias. Não é só de técnicos que se precisa (sobretudo de técnicos de comunicação, design, multimédia,  marketing... muitos deles no desemprego). Precisamos de técnicos nesta área que saibam construir dispositivos e «ler» os relatórios dos dispositivos que teremos instalados no nosso corpo...e  comunicar com os doentes. E estes, enquanto cidadãos,  terão de dispor de alguma literacia para se desembaraçarem sozinhos em casa. Esta é outra questão!

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