segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

7ème Poule- Blog com dispositivo de formação de professores a partir de um filme

O Blog 7ème Poule  foi feito com a coordenação do IF da Suécia e é mais do que um blogue sobre um filme. É um dispositivo de formação apresentando o enquadramento metodológico, fichas de atividades e informação sobre o filme com o mesmo título do blog.    

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Metas curriculares de Inglês para o 1º Ciclo

Um exemplo que vou dar, em Faro.

Sobre Metas Curriculares de Inglês no 1º Ciclo

Já acabou o prazo para a consulta, mas, só agora, encontrei este documento!

Antes de avançar com algumas  afirmações polémicas, vejam os Quadros DELMAS . São lindos e datam do início do século XX! Eram o material de apoio do Método Direto.

As metas do Inglês para o primeiro ciclo também devem ser de 1907, data em que foi oficialmente adotado o Método Direto, entre nós! Não serão?

Baseado nas «lições das coisas»  de Marie Montessori, a abordagem lexical partia dos objetos da aula para temáticas como a casa,  as estações do ano, os transportes, Mas a abordagem partia das «coisas» contextualizadas, recorrendo a imagens de contextualização dos países onde se falavam as línguas em questão. Alguns de nós ainda vimos esses quadros (lindos!) nas nossas escolas. Embora se partisse dos nomes das coisas, pretendia-se uma abordagem holística. Eram um convite a sair da sala de aula, a viajar...

E agora a anedota...
Os pais de um menino português  de  2 anos, numa creche em Espanha, recebe uma ficha em que diz que o menino não atingiu «a meta» seguinte: «não pinta com esponja»!  

Chegámos a este ponto!

E agora vamos às metas de Inglês....

«No 3.º ano, a organização dos conteúdos lexicais baseia-se nas quatro estações do ano: outono,
inverno, primavera e verão; no 4.º ano, optou-se por uma sequência de dez temas,
coincidentes com os dez meses do ano escolar: Starting school, Keep our school clean, What we Página 4 wear, Christmas, Where we live, Having fun, Let’s visit the animals, Spring is here, The sun isshining e The holidays are coming».

Vejam lá se os títulos não coincidem com os dos quadros DELMAS!

Mas avancemos...

«3. Conhecer vocabulário simples do dia a dia
1. Reconhecer nomes próprios.
2. Reconhecer nomes de alguns países.
3. Identificar membros da família restrita (mother, brother).
4. Identificar números até 20.
5. Identificar os dias da semana.
6. Identificar os meses do ano.
7. Identificar nomes de alguns meios de transporte.
8. Identificar estados emocionais (I’m sad, I’m happy).
4. Conhecer vocabulário simples de forma contextualizada com base nas estações do ano
1. Identificar vocabulário relacionado com o outono
• Condições climatéricas (chilly, cloudy).
• Vestuário e calçado (jumper, shoes).Página 8
• Cores (grey/clouds, brown/leaves).
• Atividades (collecting leaves, eating chestnuts).
• Estados físicos (I’m tired, ..»

Temos conteúdos lexicais transformados em metas...

Que abordagem pode decorrer desta definição de metas? Uma abordagem behaviorista. Mas poderão dizer-me. «Nos métodos audio-visuais (anos 70-90)  a abordagem era behaviorista!» Sim mas a partir de diálogos-situações!

Depois dos MAV muita água correu, muita investigação foi feita em Didática das Línguas, em Neurociências, em Psicologia, em receção dos médias!

Piaget já não conheceu os meninos dos média que são meninos da narratividade (Egan, Roldão até já referiam nos anos 90 que os meninos começam a conhecer o mundo através da narratividade, a partir do abstrato, oposições entre maus e bons... nas histórias tradicionais!). E hoje, as ilustrações dos livros infantis são abstratas, são simbólicas (Só as dos manuais, as dos quadros interativos multimédia e de produtos pedagógicos multimédia comerciais são concretas!) Os meninos acedem ao abstrato antes do concreto... vejam-se os jogos que lhes oferecemos no Natal!

Dizem as autoras que partem do QECR. Os autores ficam horrorizados com algumas leituras que se estão a fazer do Quadro! Embora haja descritores, o QECR que era um documento que definia uma abordagem plurilingue, destinada à ação (ver outros comentários) foi reduzido a tabelas com os descritores relativos aos níveis!
Por favor leiam o Quadro todo!

Para os meninos, a abordagem deverá ser holística e as línguas estrangeiras são para conhecer o diferente, o exótico, para viajar, viagem real ou virtureal. Visitar um museu (http://www.moma.org/interactives/destination/destination.html)  um jardim, descobrir meninos de outros países, jovens cantores, pintores, músicos...Ora a Internet está em muitas escolas... Mas não só... eu não tive  Internet e viajei em francês antes de o poder fazer. Só quando tive de escrever 3 composições em português, em francês, em inglês sobre o dia em que nevou em Coimbra... ia desistindo das línguas! É isso que leio nos estudos sobre as línguas. Servem para sair da Escola!(Michel Serrres)

A abordagem implícita nas metas é uma abordagem de colagem à Escola, ao Português, ao Estudo do Meio. Os autores do Quadro têm estudos sobre as línguas nas outras matérias na Plateform,

LANGUAGES IN EDUCATION, LANGUAGES FOR EDUCATION

A platform of resources and references
for plurilingual and intercultural education

mas a abordagem parte das operações cognitivas comuns às diferentes matérias: contar, descrever, enumerar... não do léxico comum!

Para sabermos o nome dos objetos do quotidiano não precisamos das línguas estrangeiras. A ação faz-se na língua materna!

Há tantos estudos sobre o ensino das línguas nos primeiros anos! Mesmo em Portugal!   Já agora... há uma brochura publicada pelo Ministério da Educação que pode ajudar As Implicações das TIC
no Ensino da Língua   (A página da DGIDC com brochuras do PNEP já não está ativa, mas consegue-se aceder com o título)Tantos estudos de grupos internacionais, REDINTER, por exemplo!

Bachelard fala de «terrorismo dos números». Muitas metas (não só estas) são «behaviorismo terrorista»!
E já agora, para os leitores deste blogue: Atingiram todas as metas do 1º ciclo ou têm de voltar à escola?


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

II EMES ASSISES DU FRANÇAIS AU PORTUGAL: DU FRANÇAIS EN CAUSE AUX CAUSES DU FRANÇAIS COLLOQUE INTERNATIONAL

J'anticipe  des extraits de ma communication en construction - Assises du Français

 Assises d’un programme multimodal (et) actionnel de formation d’enseignants de FLE


Je commence par un témoignage personnel qui me permettra d’une certaine façon de définir les termes  multimodal (et) actionnel avant de commencer à expliciter les assises du programme de formation que je propose à APEF.

Je ne suis pas née francophone, la langue  française n’est pas ma langue d’héritage ou d’origine, pour employer des désignations à la mode, elle est  vraiment une langue qui m’était tout à fait étrangère,  peut-être une des premières raisons pour que je l’aie apprise. Je ne l’ai pas apprise précocement. Ceci explique certainement des erreurs phonologiques, lexicales, morphosyntaxiques ! Mais j’ai appris le français quand même ! Parce qu’il y a eu l’empathie avec la langue et les Français. J’ai connu mon amie Nicole à 10 ans, sur la plage à Figueira da Foz. J’ai appris partout. Avec les chansons de  Françoise Hardy et Jacques Dutronc.  J’ai décliné «J’aime la vie» comme   «J’aime le Français». Avec les revues Salut les copains et Mademoiselle âge tendre, j’aimais les histoires des gens, des acteurs et des auteurs. J’ai appris en chantant, en mémorisant chanson et verbes en même temps… J’ai fait un grand effort pour apprendre, mais l’étranger, l’exotique en quelque sens,  m’ a  toujours  attirée et la France de la Liberté était déjà un motif d’intérêt même pour une petite fille née sous Salazar. J’ai partagé avec des correspondants qui sont même devenus des petits amis à distance ! Je suis sortie de la salle de classe avant qu’on ne parle de la mobilité. J’ai fait des voyages, d’abord à partir de la classe, des textes, des affiches des régions de France, des écrivains, des peintres, du rêve... À 19 ans, j’ai entrepris mon premier voyage réel, malgré l’envie de Pide de me retenir au pays ! J’ai appris à penser en français !  J’ai appris le portugais à travers le français. Et l’anglais… Et les autres matières !
Je ne le savais pas, mais j’ai appris à travers une démarche actionnelle et multimodale !
Entrons maintenant dans le vif du sujet et donc  dans la généralisation et dans la conceptualisation de ma démarche.

Je vous propose  10 réflexions qui, de mon point de vue, peuvent être à la base d’un programme de formation des enseignants, si l’APEF garde toujours l’invitation pour que je le coordonne, après cette présentation.  Dix points ça permet au public d’anticiper la fin !http://www.apef.org.pt/actividades.php

«Intertextualidades»: Exposição de pintura de Antígona/Clara Ferrão

Está patente, até 6 de janeiro de 2024, no Centro Cultural Penedo da Saudade , do Instituto Politécnico de Coimbra, uma exposição de pintura...