Fala-se imenso de formação profissional, mas curiosamente nunca ouvi dizer que o político X ou Y estivesse a fazer um estágio no governo da Alemanha, dos Estados Unidos, da Grécia ou da Irlanda. Também nunca ouvi dizer que X ou Y estivesse trancadinho em casa durante uma semana a estudar um dossiê.
E, no entanto, ouço dizer a colegas que X ou Y reprovaram no 10º ou no 12 º ano porque eram péssimos alunos a Português, Francês, Matemática…(E se um deles ainda for Ministro da Educação ou do Ensino Superior!). Alguns, sobretudo no passado, foram engenheiros, médicos, economistas… Outros até fizeram estágios em outros países porque a isso eram obrigados. Mas agora? Se andam todos os dias a debitar discursos «interessantes» , quando terão tempo para relacionar, comparar, hierarquizar… e construir discursos demonstrativos (cf. dificuldades dos alunos nas provas intermédias)?
Assustam-me os« homens rápidos» (cf David Lodge), os que não são capazes de relacionar dados das culturas humanísticas, científicas, artísticas, tecnológicas (Poderão ler «Le Tiers Instruit» de Michel Serres). E até acham que as humanidades não servem para nada e que, por isso, há que fechar cursos nessas áreas!
Formadores e formações precisam-se.
Estou disponível para leccionar uma formação na área da comunicação interpessoal.
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