quarta-feira, 25 de maio de 2011

Novo governo... e os ministros são...

Vou escrever um artigo «achativo».  O futuro governo PSD - CDS terá  10 ministros, portanto  já se conhece quase  meio governo...

Mas deveriam ter  definido primeiro  um perfil... é assim que se faz habitualmente.

Então  qual é o perfil de Primeiro Ministro?

Um «mestiço» de culturas (humanística, artística, científica, tecnológica...), para utilizar a expressão de Michel Serres. Há muito tempo que não temos nenhum, mas...
Com experiência profissional na gestão de...
Licenciatura em...
Com bom senso, capacidade de reflectir antes de falar, que ouça os outros e «digira» a informação, que comunique bem, mas não de mais. Com competências relacionais...

Nem sempre se pode ter tudo... mas pelo menos algumas destas qualidades.

Passos Coelho não é um mestiço de culturas, não tem experiência profissional, nem de gestão... licenciou-se em quantos anos?... e  havia  «as oportunidades» dos estudantes dirigentes estudantis! Sei que o Primeiro Ministro actual não foi um bom exemplo, neste campo!
Bom senso, capacidade de reflectir e digerir   a informação...é isto que me está sobretudo a preocupar... Passos Coelho ouve  e não contextualiza, não relaciona (estou a escrever sobre este assunto  um texto demonstrativo a propósito de trabalhos dos meus alunos). Ouviu o Professor Santana Castilho (Professor  que muito aprecio mas  de quem, por vezes, discordo)  dar um exemplo de alunos do programa «Novas Oportunidades», num livro interessante sobre Educação (cf O Público de hoje) e  faz um afirmação com modalidade apreciativa, generalizando.  O Professor Santana Castilho sabe, como eu, que alguns dos nossos melhores alunos do Ensino Superior vieram dos maiores de 23 anos e, alguns, das «Novas Oportunidades», mas também ... os piores.... Aliás sabe que para que os alunos do Ensino Superior paguem propinas e não desistam ou não vão para outro estabelecimento,  alguns professores   são desviados para outros cursos... os alunos empurrados para cursos nocturnos ... reprovar alunos mesmo que não saibam ler nem  escrever vira-se contra o professor!  Depois o empregador diz «o senhor até pode saber engenharia, mas, como não sabe escrever, nem acabei de ler o seu currículo!». Um entre muitos exemplos  do meio empresarial! Portanto para quê falar das «novas oportunidades», onde para além de casos  maus (também não vão longe nos empregos!) tanta gente  de valor se conseguiu realizar.

Depois há os outros casos: um dia ouve um futuro ministro das Finanças e sem tempo para pensar e ouvir outras vozes fala,  descontextualiza, é corrigido!

 Comunica bem, mas sempre na modalidade apreciativa (discurso « achativo»), como tenho vindo a analisar!
Tem competências relacionais... a experiência  de dirigente estudantil serviu e...  talvez vá servir para ganhar eleições!

Para a  Cultura

Não há ministério, mas exige-se  um  nível mais elevado de «mestiço» de culturas, um homem ou uma mulher das artes, com experiência de vida variada, em Portugal  e no estrangeiro... experiência de gestão. Que leia, que veja exposições, espectáculos...esqueci-me da lista de livros que levou para férias no ano passado, mas fiquei mal impressionada quando ouvi, li, vi...? em cima da mesa!
Um ministro da Cultura  tem de ter  um discurso demonstrativo... Não pode achar muito giro... ou outros adjectivos avaliativos do tipo!

Passos Coelho saberá quem é o Conde de Abranhos (teimo em colocar esta questão aqui) ou Pina Bausch... viu os »Primitivos»? Acha que cantar uma ária ou tirar uma fotografia no Claustro do Convento de Cristo em Tomar chega para fazer «boa  figura» na cultura?  Parece estar  muito preocupado com isso ( Jornal das 8 TVi de ontem)!

Para  Ministro da Presidência- Miguel Relvas... figura de tomarense muito «venerada» e  criticada nos cafés da terra. Mau aluno, gostava de impressionar os professores, demorou anos a tirar  a Licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais.  Diz-se, na terra,  que foi no Brasil, mas nem na PUC, nem na UNICAMP, nem  em outras conhecidas. Na página do Parlamento não encontrei essa referência.
Licenciatura adequada  aos muitos cargos políticos que exerceu e nem precisou do título!  Perfil igual ao do candidato a Primeiro Ministro. Onde está a  competência referencial?  Fala de tudo, «acha» sobre tudo. Como líder do PSD não me incomoda, mas como ministro! Terá lido o Conde de Abranhos!

Finanças... desconfio de quem utiliza linguagem tão baixa... vou parafrasear o empregador referido: Eduardo Catroga até pode saber muito de Finanças, mas desconfio de quem não sabe, ou não quer, construir um discurso argumentativo. Até porque já esteve no governo e não consta que tenha resolvido o problema das finanças públicas, nessa altura! Os Portugueses merecem respeito! No Brasil ... não há o risco de falar!

E um desabafo: que  tristeza! Depois de uma figura como a do Dr . Teixeira dos Santos: com um perfil de Ministro (sobre Finanças não me pronuncio, mas tenho confiança nele) aqui  e a defender interesses nacionais nos Estados Unidos, como no início da semana! Muito mal tratado por muita gente!

Ministro da Defesa, Negócios Estrangeiros... Paulo Portas... Como  me poderão explicar a nossa necessidade de submarinos?  Discurso demonstrativo, competência comunicativa, relacional... Até é um «mestiço» de culturas, mas não me inspira confiança...

Um pedido aos políticos que ganhem ou percam eleições. Entendam-se e escolham os competentes, os perfis certos  para cada cargo. Estamos todos à espera disso. No passado, todos cometemos erros... Vamos ver se cometemos menos...

Michel Serres et ... «Petite Poucette»

Michel Serres, comme toujours, vient de faire une analyse stimulante des changements qui sont en train de ce produire dans nos sociétés. Il y a quelques années, il parlait du citoyen du futur qui serait un «métis» de cultures, humaines, artistiques, scientifiques, technologiques... Je ne crois pas que ce citoyen soit le même que Petit Poucet et Petite Poucette qu'il vient de décrire. Hélas... (même les politiciens de la génération des 30-40 connait peu de métis! mais il ne semble pas le regretter.




Je transcris ...



«Ils sont formatés par les médias, diffusés par des adultes qui ont méticuleusement détruit leur faculté d’attention en réduisant la durée des images à sept secondes et le temps des réponses aux questions à quinze secondes, chiffres officiels ; dont le mot le plus répété est « mort » et l’image la plus reprise celle des cadavres. Dès l’âge de douze ans, ces adultes-là les forcèrent à voir plus de vingt mille meurtres...

Ils habitent donc le virtuel. Les sciences cognitives montrent que l’usage de la toile, lecture ou écriture au pouce des messages, consultation de Wikipedia ou de Facebook, n’excitent pas les mêmes neurones ni les mêmes zones corticales que l’usage du livre, de l’ardoise ou du cahier. Ils peuvent manipuler plusieurs informations à la fois. Ils ne connaissent ni n’intègrent ni ne synthétisent comme leurs ascendants».

Ils n’ont plus la même tête.»


E termina o filósofo

«Je souhaite que la vie me laisse assez de temps pour y travailler encore, en compagnie de ces Petits, auxquels j’ai voué ma vie, parce que je les ai toujours respectueusement aimés.».


Precisamos efectivamente de filósofos, de «mestiços de culturas» que nos ajudem a compreender o Mundo e as mudanças.

A tradução aparece automaticamente... vantagem das mudanças! para quem não quiser fazer o esforço de intercompreensão, mas perde-se o encanto da palavra de Michel Serres.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Telejornais e discurso «achativo»

Já analisei neste blogue o discurso  «demonstrativo» e o «interessante», referindo-me ainda depreciativamente ao discurso «achativo». Ontem, ao ver o telejornal e o comentário de Márcia Rodrigues, não pude deixar de fazer o comentário seguinte: a que propósito tenho de pagar a uma jornalista  para estar em Nova Iorque para «mandar bocas» sobre  DSK? Já tem feito  reportagens correctas em cenários de guerra, por exemplo.

Um correspondente - se se justificar, porque hoje há muitas maneiras de aceder a notícias e mesmo a análises -  tem obrigação de reportar os factos e  apresentar análises baseadas em argumentos, tentar o demonstrativo... não  fazer o comentário jocoso, cínico - tenho pena de não ter tomado notas... do discurso da referida jornalista. Os comentários achativos cabem aos espectadores!

Já agora... o  piscar de olhos de José Rodrigues dos Santos podia ficar bem num jovem jornalista... não  há razão para o manter.  No final dos jornais é conveniente terminar com   uma notícia menos séria, com uma curiosidade  para estabelecer a ligação com  a publicidade e a programação de entretenimento, mas  o piscar de olhos...  pode até não ser nada bonito na nossa cultura! 

Creio que vou mudar de canal, apesar de pagar para a RTP e, no entanto,  sou grande defensora de um ou dois canais de  televisão pública.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O discurso dos políticos

Ainda não encontrei discursos de políticos do mesmo dia. Mas, ao ouvi-los de forma ocasional, tenho a sensação de que Paulo Portas assume-se como «Eu», utiliza a modalidade deôntica (discuso prescritivo) e predominam verbos de acção, muitos no futuro; noção de quantificação, com numerais. Sócrates está a utilizar muito o discurso narrativo, muitos verbos de acção, mas demasiados tempos do passado, noção de quantificação. Passos Coelho anda enredado na modalidade apreciativa, muitos substantivos abstractos para a qualificação... e assumiu o «eu» de forma curiosa... em relação ao seu futuro ministro «Eu é que decido!» E que está na memória de todos nós... que figura de humorista? E onde estão os argumentos com substantivos concretos, números... as novas oportunidades são más, mas... com que argumentos justifica essa sua avaliação? E, na cultura, qual é a sua formação? Não encontrei nada na página do sítio do partido. Gostaria de saber. Discurso líquido ainda!

Não estou a gostar. O país continua com poucas expectativas em relação a futuros ministros com competências culturais (quem é o Conde de Abranhos, quem é ?), científicas, técnicas, relacionais - de todos os partidos.

«Our choice» de Al Gore no Ipad

Ainda não vi, mas segundo o Expresso de sábado passado, parece que nos dá imensas hipóteses de «leitura»: Ver gráficos, paisagens que podemos modificar, «energia eólica» que funciona se soprarmos no Ipad... Não sei se o conseguimos ler... se o vamos ver... Vou esperar para eu prória ver, sentir, cheirar. Leitura multimodal!

DSK... o meu Presidente para a França e para a Europa

Sinto-me triste. Tinha tanta esperança num Presidente novo que estou desapontada. Portugal acaba de precisar dele, a Grécia... todos nós iríamos precisar dele como presidente da França!
Mas dificilmente se provará que não cometeu nenhum crime. Primeiro porque os media encontraram o que queriam e recorreram às regras mais básicas de encenação. A revelação: revelaram que estava detido em horas, minutos, depois serviram-se da cenarização: a queda dos poderosos; a esquematização: o mundo divide-se entre os bons e os maus: O FMI é o mau para muita gente... DSK estava a transformá-lo em bom (para alguns pelo menos, como se pode ler nos artigos que precederam a queda: era melhor do que a Europa)...mas representa os ricos,os poderosos, o luxo... e por isso é desejado e odiado; e vamos às regras básicas: a narrativização, o testemunho pessoal e a anedotização: um ataque de um homem com fama de sedutor... uma funcionária num hotel de luxo, negra... uma juíza, um advogado importante...e seguem-se todas as «vítimas» reais, virtuais e outras que todos os dias irão aparecer, nas vias tornadas possíveis pelo jornalismo-cidadão... blogues...e revistas de sociedade!

Que vingança!

Ainda não se sabe se é culpado ou não. Mas foi tratado em minutos como tal... a guilhotina para um francês em formato moderno: a televisão! Acho o cenário demasiado tosco. E depois, no mesmo dia da prisão, estive a ver uma das minhas séries preferidas «Lie to me»! Para convencer jurados não há nada melhor que mulheres, jovens, negras, jornalistas... a queixarem-se de homens. Não aceito a justiça lenta, que põe em liberdade um médico que confessou aproveitar-se de doente, mas não lhe bateu( por acaso grávida)! Mas também tenho dificuldade em compreender a justiça demasiado rápida... baseada, muitas vezes, em emoções ou em estereótipos (era um sedutor poderoso... daí a cair em assédios a subordinas... nada mais linear)! (Por acaso viram o filme «2 dias em Paris- deu ontem na FOX... o que surpreendia o americano... não era o lado sedutor dos franceses soixante-huitards!)

Strauss Kahn já confessou? E está a ser tão bom para a extrema-direita francesa, para o centro-direita e ... para a esquerda, não? E nos EU e no FMI também há gente satisfeita! Até já há candidatos!

Mas já deve ter perdido as eleições. Que pena! Se for culpado, estragou num momento uma carreira, os valores são fundamentais num presidente, não bastam as competências! Se não for... quem vai acreditar?

Pina- Pina Baush de Wim Wenders

Descobri Pina Baush, nos anos 80, no Théâtre de la Ville, em Paris. Vi Café Müller e Waltzer.Depois achei que não queria sofrer mais e deixei de a ver, mesmo em Lisboa. Não resisti, no entanto, a ir vê- la em 3 dimensões, através do olhar de Wim Wenders. Fiquei cheia de pena de não ter visto nunca a «Sagraçao da Primavera»! É tarde!
A melhor definição da minha emoção encontrei-a no depoimento da bailarina brasileira, vestida de vermelho,no campo, dançando com uma cadeira em desequilíbrio. Diz mais ou menos isto: tentei não sentir peso, dar leveza ao meu gesto. Uma outra bailarina eleva-se com o cabelo.
Foi isso que Wim Wenders deu, na minha opinião ao filme. As 3 dimensões dão-nos a profundidade, a solidão... a tristeza (que me impediu de ver outros espectáculos), o ar (os elementos de que tanto gostava)... mesmo o reencontro com Café Müller ... e dão-nos a leveza (não no sentido negativo mas de elevação, da procura). Adorei.


PINA - Tanzt, tanzt, sonst sind wir verloren - Deutscher Trailer from neueroadmovies on Vimeo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Campanha das flores e campanha da simpatia

Não sou muito de campanhas! Compro produtos portugueses, mas, de vez em quando, um estrangeiro. Imaginem o que aconteceria se todos os países fizessem o mesmo e elegessem os produtos nacionais ! E as nossas exportações!
Evito caixas sem funcionárias, compras online... porque são lugares que se suprimem, mas  nas tecnologias também há empregos que se criam!

Mas acho que uma campanha de simpatia se impõe. Catarina Carvalho, no Notícias Magazine- Diário de Notícias, de  15 de Maio, refere que  prefere as compras online para evitar a antipatia de funcionárias e dá exemplos de uma  viagem aos Açores. Também tenho vontade de contar a minha ida ao Carnaval no Coliseu Micaelense.  Para já  foram - me colocados todos os obstáculos possíveis para a compra de bilhetes. As meninas não me queriam vender bilhetes. Indo do Continente só ao balcão... mas se o voo era quase à hora do baile e se os bilhetes se esgotam... Depois, sendo dois, não tivemos direito a mesa  e, como tal,  levar o farnel! Sim leva-se vestido  comprido e smoking, mas  levam-se os rissóis e os croquetes... Havendo só dois  continentais ao lado das mesas familiares, seria nomal que alguém oferecesse  um copinho alto de vinho- com todos os requintes... já não digo as favinhas apetitosas... Pois não, tivemos de ir buscar ao bar uma cerveja ... sem que os colegas do lado se dignassem oferecer-nos as ditas favinhas!

Mesmo assim, mereceu a pena. Dos bailes mais divertidos a que fui!
Podia dar exemplos  de bom atendimento nos Açores ou de mau atendimento no continente...acontece com tanta frequência!
Ora a simpatia não se paga, não custa nada. Não custa nada cumprimentar os clientes, os empregados... Se  somos tão simpáticos no facebook, por que não nas relações directas?

Sempre disse que quando entrava numa aula ficava com ar feliz... Tenho a sorte  de contar pelos dedos de uma mão  as vezes em que me zanguei num aula...  Questões de saber ou falta de saber...tráto-as, normalmente, em tom de brincadeira (atenuadores verbais e não verbais)! Atitudes menos correctas comigo , com os outros, com os colegas ... aí sim... zango-me... até choro... mas indiferente, enjoada na profissão...! Creio que  nunca o fui! E sempre barafustei com estudantes com ar enjoado!

Não custa nada um sorriso e não é só pôr : !

E já agora ...vamos às flores...


Uma figura da moda  lançou uma campanha de flores... (tb no Diário de Notícias). Gosto tanto das flores em Cap Breton e Hossegor (e até rego as flores da casa que alugo!),  das flores na Áustria, na Alemanha... Reconheço que os vasinhos  são um bocadinho pirosos... mas são um sinal de alegria. Antigamente as estações de comboio tinham flores... hoje é melhor não passar junto ao Turismo da Praia da Rocha... por exemplo. Um mau exemplo  visto ontem de quem deveria dar o exemplo!

Então... também podemos regar flores...

Enquanto ganho coragem para  escrever sobre discurso político!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Escrita na Web

Um  sítio com  aulas sobre a escrita na WEB.

A propósito de narrativas pessoais, de apresentações multimodais e story telling que adoptei nas minhas aulas, encontrei um sítio com aulas que me parece importante para quem dá aulas de discurso dos média ou mesmo de informática, no secundário. Por exemplo, a professora  propõe a leitura de Prenski (nativos e imigrantes digitais)  e outros autores como apoio à produção de trabalhos dos alunos... Apresenta trabalhos dos alunos e analisa-os.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Epub- 3

Se quiserem saber o que é,  podem assistir ao seminário.

Encontrar emprego - Conselhos a alunos e ex-alunos

Já não se encontra  emprego da mesma maneira!

Quando falo das mediaculturas, normalmente refiro a questão da polícronia e a questão da narratividade. E da interactividade nas redes sociais.

Quais as implicações destes aspectos na procura de emprego?


You Think You Can Pitch é   uma iniciativa para encontrar pessoas que querem trabalhar (Expresso Emprego de 7 de Maio). Até ao dia 17 de Maio podem inscrever-se no  So Pitch. É evidente têm de mostrar em 5 minutos  que são os candidatos ideais.

19, 20, 21 de Maio em Braga, 26, 27, 28 de Maio em Lisboa ( picth de 2 minutos ).

Que implicações têm estes novos formatos de recrutamento nos processos de formação?
É evidente  que  o Ensino Superior tem de adoptar (entre outros)  formatos polícronos de  apresentação da informação. Com os meus alunos, analisámos alguns vídeos dos TED Talks e construiram-se apresentações em Pecha- Kucha, mas há que ir mais longe... em menos tempo.

As ideias os conceitos têm de estar muito bem arrumados para poderem ser expostos de forma contraída ou de forma narrativa, como os meus alunos que aprenderam a importância da narrativização  nos média se devem lembrar:

Storytelling é outro formato adoptado no recrutamento: Contar uma história em poucos minutos que dê uma ideia do candidato ou da relação do candidato com  a futura empresa (idem). O retrato multimodal que fizeram nas minhas disciplinas pode ser o ponto de partida!

As redes sociais são cada vez mais um espaço de recrutamento. Como insisti  nas minhas aulas, não se pode pôr tudo e a toda a hora no Facebook. Devo dizer que se fosse recrutar antigos alunos pelos contributos dos meus alunos no Facebook ou no Twitter não o fazia. Podem «desamigar-me», mas fui fazer a experiência!  Também gosto de festas, mas há fotografias a mais de festas, de copos levantados, linguagem imprória e... a que horas vão os que estão empregados às redes? Pois é... será que não vão em horas de emprego! Há que ter cuidado com o rasto digital!  Como se pode ler no Expresso- Emprego « É verdade que as redes sociais podem ser muito viciantes, mas é fundamental fazer uma correcta triagem do tempo e evitar acessos durante as horas de trabalho, pois ao invés de transmitir uma imagem de profissionalismo está a demonstrar fraca produtividade, diminuindo assim as hipóteses de novas oportunidades laborais ou progressão na carreira».

Eu até sei que os jovens «pronetários» são polícronos e multimodais... mas os empregadores não  querem saber disso!

Segundo um relatório da Transitar “52% dos diretores de recursos humanos afirma poder retirar um candidato de um processo de seleção em função do seu rasto digital”.

Pensem bem na forma de gerir este rasto!!!

  

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Congresso da APPF

XIXème CONGRÈS DE L’APPF


Thème: RESSOURCES MULTIMÉDIA POUR LA CLASSE



Dates: Vendredi 30 septembre et samedi 1er octobre 2011



Lieu: Institut Français Portugal, Avenida Luís Bívar, Lisbonne



Ce congrès est organisé en partenariat avec le Service de Coopération et d’Action Culturelle de l’Ambassade de France au Portugal.

O primeiro encontro

No cinema, na literatura, o primeiro encontro é relativamente previsível, mesmo em tempos de redes sociais. Acompanhemos  personagens de Flaubert.  Poderíamos acompanhar também personagens de Eça de Queirós.

domingo, 1 de maio de 2011

Logótipos do Google

Todos vamos reparando nos logótipos  comemorativos do Google. Encontramos a explicação dos Doodle  neste site e, além disso,  podemos fazer uma pesquisa por logótipos sobre ciência e tecnologia  sobre cinema, sobre ambiente, etc. Já há alguns sites com recolhas temáticas. Em função do nosso projecto pedagógico, podemos fazer selecções. Normalmente estes logótipos têm uma função humorística, daí a designação em inglês,  para além de funções simbólica, referencial  e sociocultural.
Por esse motivo, são excelentes documentos para exploração na aula de língua-cultura.

Para a França, podemos encontrar estes exemplos.

Também já tivemos direito a alguns. Quem se lembra do Vitinho? Também já apareceu.

O ensino do Francês em Portugal, hoje.

Vou fazer duas comunicações  sobre este assunto. Preciso da colaboração de colegas, professores de Françês, e de pais de alunos dos Ensinos Básico e Secundário que peçam colaboração aos filhos.

Há voluntários?

O que este país mudou! Os banhos, por exemplo...

Em conversa com colegas com quem partilhei casa, em tempos de estudante, durante a crise académica de1968- 1969, em Coimbra, estivemos a recordar a casa: casa boa, direi mesmo excelente, para o tempo, com  7 meninas «muito finas», a dona da casa  com brasão e  a empregada. Pequeno almoço,  almoço, jantar e lanche (trazido pela empregada ao quarto com chá e pão com manteiga (às vezes a cheirar a cebola),  mas éramos umas privilegiadas. No entanto, partilhávamos uma única casa de banho. O banho, semanal,  devia  ser marcado com antecedência, para a empregada aquecer as panelas de água e colocar a água no balde, em lata. Depois era puxar o fio do balde, uma primeira ensaboadela e direito a puxar mais uma vez o fio. Se ficasse ainda sabão havia que recorrer à água fria. Não há dúvida que gastávamos menos água, na altura!

Mas também não era só em Portugal que a questão se colocava. Em cursos de férias em França, hotéis de 1 ou 2 estrelas, razoáveis... a salle d'eau... ficava , normalmente, nas escadas e, para o banho...  era preciso pagar uns franquitos.

Agora  ouvimos tantas queixas!

«Intertextualidades»: Exposição de pintura de Antígona/Clara Ferrão

Está patente, até 6 de janeiro de 2024, no Centro Cultural Penedo da Saudade , do Instituto Politécnico de Coimbra, uma exposição de pintura...