«D. Fernanda», «D. Albertina »... e todas as «senhoras contínuas» que me acompanharam na minha vida de estudante e de professora...
Mais um caso de bullying conhecido esta semana... entre muitos! E , no entanto, temos escolas tão bonitas, com tantos computadores, tantos ginásios... Mas deixámos de ter agentes essenciais no ambiente educativo.
Os professores dão aulas, muitas aulas, a muitos alunos, preparam aulas (algumas para serem dadas por outros professores - nunca poderia dar uma aula com plano de outro professor, mas parece uma prática corrente... não me pronuncio), corrigem testes, fichas... preenchem papéis, reúnem-se... Não têm muita possibilidade de falar com alunos nos recreios, nos corredores (gostava tanto de conversas de corredor! Aprendia tanto sobre os alunos!)
E aprendia muitíssimo com os «senhores contínuos» que, a partir de certa altura mudaram de nome, mas não de funções. Sabiam tudo o que passava nas aulas, eram grandes avaliadores dos professores, sabiam se alguns alunos não iam à cantina ou não comiam porque não tinham dinheiro, sabiam se alguns alunos andavam na droga, se bebiam, se tinham problemas familiares, apadrinhavam namoros, casamentos e batizados, eram convocados para todas as fotografias das turmas, ensinavam regras sociais (que alguns alunos nunca tinham ouvido em casa), recebiam e entregavam trabalhos, «enviavam emails», chamados recados!, ouviam desabafos de alunos e professores (até alguns meus), estavam em todo o lado... Tinham poucas habilitações mas uma uma enorme experiência e uma enorme capacidade de ouvir e até de agir discretamente... Tanta inteligência emocional !
Foram e estão a ser corridos das escolas. «Pesam nos orçamentos das escolas» como ouvi dizer (apesar de até estarem a desempenhar «funções visíveis» como funcionários da limpeza!)... e não se reciclam porque não sabem utilizar computadores (alguns!) ... Mas onde está a necessidade de serem «reciclados» se desempenham uma função essencial nas escolas: uma função relacional, de mediação! Há outros agentes especializados, mas estão mais em gabinetes, quando estes existem!
A escola de proximidade acabou. Acabaram as escolinhas nas aldeias (já escrevi sobre o assunto!)
Depois queixam-se do ambiente das escolas... do bullying...
Nunca se falou tanto de emoções, de afetividade e onde deixamos os nossos alunos? Em edifícios sem Pessoas! Não gosto desta Escola!
Mais um caso de bullying conhecido esta semana... entre muitos! E , no entanto, temos escolas tão bonitas, com tantos computadores, tantos ginásios... Mas deixámos de ter agentes essenciais no ambiente educativo.
Os professores dão aulas, muitas aulas, a muitos alunos, preparam aulas (algumas para serem dadas por outros professores - nunca poderia dar uma aula com plano de outro professor, mas parece uma prática corrente... não me pronuncio), corrigem testes, fichas... preenchem papéis, reúnem-se... Não têm muita possibilidade de falar com alunos nos recreios, nos corredores (gostava tanto de conversas de corredor! Aprendia tanto sobre os alunos!)
E aprendia muitíssimo com os «senhores contínuos» que, a partir de certa altura mudaram de nome, mas não de funções. Sabiam tudo o que passava nas aulas, eram grandes avaliadores dos professores, sabiam se alguns alunos não iam à cantina ou não comiam porque não tinham dinheiro, sabiam se alguns alunos andavam na droga, se bebiam, se tinham problemas familiares, apadrinhavam namoros, casamentos e batizados, eram convocados para todas as fotografias das turmas, ensinavam regras sociais (que alguns alunos nunca tinham ouvido em casa), recebiam e entregavam trabalhos, «enviavam emails», chamados recados!, ouviam desabafos de alunos e professores (até alguns meus), estavam em todo o lado... Tinham poucas habilitações mas uma uma enorme experiência e uma enorme capacidade de ouvir e até de agir discretamente... Tanta inteligência emocional !
Foram e estão a ser corridos das escolas. «Pesam nos orçamentos das escolas» como ouvi dizer (apesar de até estarem a desempenhar «funções visíveis» como funcionários da limpeza!)... e não se reciclam porque não sabem utilizar computadores (alguns!) ... Mas onde está a necessidade de serem «reciclados» se desempenham uma função essencial nas escolas: uma função relacional, de mediação! Há outros agentes especializados, mas estão mais em gabinetes, quando estes existem!
A escola de proximidade acabou. Acabaram as escolinhas nas aldeias (já escrevi sobre o assunto!)
Depois queixam-se do ambiente das escolas... do bullying...
Nunca se falou tanto de emoções, de afetividade e onde deixamos os nossos alunos? Em edifícios sem Pessoas! Não gosto desta Escola!
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