quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O eduquês, o mediatês, o politiquês, o futebolês...

Sendo de Ciências da Educação, irritam-me alguns discursos sobre o «eduquês» que atribuem o insucesso escolar à influência dos estudos sobre educação nas políticas educativas. As generalizações são sempre perigosas.

Mas, quando ouço alguns colegas e estudantes, também me irritam os chavões descontextualizados do tipo «o aluno é que descobre tudo», o emprego de determinados nomes ou adjectivos com valor avaliativo (« o novo» em oposição ao antigo sendo o antigo desvalorizado), as «mais valias» - empréstimo feito pelo eduquês ao economês e que não tem graça nenhuma para quem tem de pagar «mais valias»! Para não falar das «experiências gratificantes», das «actividades implementadas», dos paradigmas (sem Thomas Kuhn)...

A oposição entre competências e conteúdos irritam-me imensamente... até porque sempre ouvi agentes reconhecidos na área da Educação dizer mais ou menos o seguinte: « o desenvolvimento de competências pressupõe a aquisição de conteúdos».


Creio que a melhor maneira de entendermos as deturpações das linguagens de áreas de especialidade é com humor, com este exemplo que os meus alunos conhecem.

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