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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Curso intensivo para operadores de telemarketing...

Calculo que não sejam empregos fáceis! Mas há regras básicas que me parece que não estão a ser seguidas! 
Não tratar pelo nome!
Não tratar por tu ( até recebi uma carta de uma empresa de ótica a tratar- me por tu! Não aceitei o convite para mudar de óculos! E na rádio também acontece!)
Não tratar por você! Tratar por você implica que o interlocutor tem uma posição mais " baixa" na hierarquia social! ( Ela existe! O cliente tem sempre  razão  e ...não compra! ). Significava desprezo! "Você é estrebaria" ! Diria a minha avó que era professora! Claro...  há o " vôcê" com as vogais fechadas e um ritmo sincopado de algumas pessoas " de Cascais" , como se costuma dizer, mas nem todas as pessoas falam assim!  No Brasil é a forma habitual! Com a televisão, o uso em Portugal tornou- se mais frequente, mas .... !
Não tratar por " Senhora Clara" ou  "Senhora Tavares"!
Não tratar por " D. Clara"!

Sr.a D. Clara é a forma neutra mais correta! Quando as pessoas não têm título, é assim que as trato. 
Como em Portugal todos são doutores, na dúvida é melhor dizer Dr! 
Também se aceita "Setor", forma oral abreviada de Sr. Dr., o  que muitos alunos ignoram!
Depois há os senhores Professores e os Senhores Prof. Doutor ou só Doutor ( na escrita, por extenso) para os destinatários que têm doutoramento!

O Sr. António também não responde a telefonemas, ainda o disse na semana passada, na televisão, quero dizer o Sr. Doutor Bagão Félix ( na dúvida, escrevo Doutor por extenso)! 

Já sabem... Ainda há dias, fui abordada, no Centro Comercial Vasco da Gama. Ia com pressa e só ouvi " você!" E a andar murmurei " a tratar por você não vai longe!" Duas pessoas voltaram - se para trás com sorriso e gesto de aprovação. Eu sei que não é bonito falar sozinha em voz alta! Mas às vezes não resisto! 
E houve entendimento! 

Para estrangeiros, este assunto é muito difícil. Mas também para muitos portugueses!
Temos "tu"- segunda pessoa do singular.
Temos "vós" em Trás- os-Montes, por exemplo e no discurso religioso. Segunda pessoa do plural.
Temos "você" " ( uso problemático ) vocês" ( uso menos problemático) terceira pessoa do singular e plural.

E depois temos " a senhora Professora, a Clara, o Manuel, os meus alunos, os senhores professores, os colegas... E terceira pessoa do singular ou plural!
Conjugando o verbo: 

Eu digo, tu dizes, ele, o senhor professor, o Manuel, a Maria, o colega diz ( e pode ser uma terceira pessoa mas podemos estar a falar diretamente com estes interlocutores)! 

E ainda temos "tu dissestes", "tu fizestes", "tu comestes"... Este zumbido de vespa no final é mortal para qualquer candidato a emprego! Digam:  Tu disseste, tu fizeste! 
E já agora : eles hão-de , tu hás-de...
E o verbo haver  com sentido de " existir" só se usa no singular. Assim " existiam muitos alunos matriculados... " ou  " havia muitos alunos"  é a forma correta. Como auxiliar, conjuga- se " eles haviam corrigido os exercícios".



quarta-feira, 20 de março de 2013

Miguel Gonçalves, TEDxYouth@ Braga, comunicação

Analiso há muitos anos as conferências TED, centrando-me no caso dos comunicadores de sucesso. Agora, é a vez de analisar o  formato TEDx  e um «conferencista» novo. Miguel Gonçalves é um caso de sucesso entre os jovens. Entre os mais velhos há muitos sorrisos (Ver Prós e Contra). Mas tem sucesso junto de empresas!
Por causa do conteúdo, mas muito pela forma!

Então qual a razão: a primeira não se serve do power point! Só fala, utiliza o «método expositivo»!

Apropria-se do espaço palco.

Utiliza as regras de construção dos discursos e produtos dos média:

  • a dramatização e a narrativização
  • a exemplificação
  • a cenarização
  • o suspense
  • a anedotização.


Serve-se de uma linguagem clara, viva, com o tratamento por tu (você), algum calão «(isto não é só à chapada» e expressões populares e  interpelação constante do público, emprego do imperativo: «Não desistas», «Faz»..
Utiliza frases-slogan: «se não estás a tremer não está a acontecer», «currículos são spam», «cv é canal de vendas».
Utiliza expressões figurativas: «um mal nunca vem só»
Metáforas constantes: chave de fendas, gato preto...

A entoação e o ritmo reforçam a dramatização.

Passando aos comportamentos no espaço, desloca-se...ao mesmo tempo que fala. Tem muito gestos interativos, de regulação da atenção do público, de  empatia. Ao mesmo tempo que utiliza o nós utiliza gestos de designação, mas sobretudo gestos que envolvem o público ao mesmo tempo que o trata por tu.
Gestos com função cognitiva, de tipo ilustrativo, que  levam o público a antecipar o conteúdo. O gesto precede, por exemplo enunciados do tipo « empurra para a frente», «desagrafar áreas», «enormíssimo»...
Pontua a intervenção com gestos discursivos (os tais que desaparecem muitas vezes quando os meus alunos utilizam power point, aliás todos os gestos - a não ser os de manipulação do computador ou do comando desaparecem).

Se lecionasse discurso dos  média ou comunicação interpessoal, analisaria com os meus alunos estes vídeos. É um caso de sucesso jovem que contraria todos os discursos sobre os males dos «métodos expositivos», sobre a necessidade de recorrer o power point (que pode, por vezes,  transformar os bons em maus comunicadores e que pode ajudar os maus comunicadores, professores). Os bons professores sempre utilizaram métodos expositivos e fazem-se ouvir. Tem um conteúdo positivo e bem  precisamos dele! Situa-se na mesma linha de muitos professores, no Ensino Superior, que «ensinam» os alunos a comunicar e a ter atitudes positivas e a respeitar os outros... Não é só o Miguel Gonçalves!

Poderemos dizer que é um «vendedor de banha da cobra» ou até pode ser ele a ganhar as próximas eleições... !
É,seguramente, um caso a analisar para encontrar meios de encenação dos discursos.








quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Emprego e redes sociais. Para os meus ex-alunos ...

As formas de recrutamento estão a mudar. Com a quantidade de CV iguais que as empresas recebem... ficam amontoados numa prateleira, quando não vão directamente para  o lixo! Ser diferente é o grande desafio! Ainda ontem, uma jovem enfermeira me dizia que tinha enviado o CV para vários hospitais... tinha-se esquecido de colocar  conferências, seminários, estágios... que faziam parte do Curso e como tal estavam implícitos. E estava a mandar o mesmo CV para todo o lado! Por muito jovens que sejam os candidatos têm de mostrar que  desenvolveram uma competência, têm um saber, uma experiência diferente da dos outros candidatos.
Durante o período de Erasmus, estiveram trancadinhos em casa ou  assistiram a conferências, fizeram estágios numa determinada área... fizeram visitas, desempenharam cargos associativos, aprenderam outra língua, desenvolveram competências parciais em outras línguas estrangeiras (intercompreensão)?

E que escrevem nas redes sociais (conteúdos abertos)? As festas a que vão,  comentários factuais bem ou mal escritos? Atenção,  antes de eventual entrevista,  esses comentários vão ser vistos!


E depois há o recrutamento Facebook! AOptimus  «recruta o seguidor mais criativo no Facebook» (Expresso de 6 de Agosto). E os meus ex- alunos não são criativos? (Plataforma Eureka). Cuidado com a maneira como escrevem! Peçam a um colega para ler os vossos contributos antes do envio! 

A Alemanha está a recrutar técnicos (não só enfermeiros e engenheiros).

Bem, também há a técnica de Mattew Epstein!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Encontrar emprego - Conselhos a alunos e ex-alunos

Já não se encontra  emprego da mesma maneira!

Quando falo das mediaculturas, normalmente refiro a questão da polícronia e a questão da narratividade. E da interactividade nas redes sociais.

Quais as implicações destes aspectos na procura de emprego?


You Think You Can Pitch é   uma iniciativa para encontrar pessoas que querem trabalhar (Expresso Emprego de 7 de Maio). Até ao dia 17 de Maio podem inscrever-se no  So Pitch. É evidente têm de mostrar em 5 minutos  que são os candidatos ideais.

19, 20, 21 de Maio em Braga, 26, 27, 28 de Maio em Lisboa ( picth de 2 minutos ).

Que implicações têm estes novos formatos de recrutamento nos processos de formação?
É evidente  que  o Ensino Superior tem de adoptar (entre outros)  formatos polícronos de  apresentação da informação. Com os meus alunos, analisámos alguns vídeos dos TED Talks e construiram-se apresentações em Pecha- Kucha, mas há que ir mais longe... em menos tempo.

As ideias os conceitos têm de estar muito bem arrumados para poderem ser expostos de forma contraída ou de forma narrativa, como os meus alunos que aprenderam a importância da narrativização  nos média se devem lembrar:

Storytelling é outro formato adoptado no recrutamento: Contar uma história em poucos minutos que dê uma ideia do candidato ou da relação do candidato com  a futura empresa (idem). O retrato multimodal que fizeram nas minhas disciplinas pode ser o ponto de partida!

As redes sociais são cada vez mais um espaço de recrutamento. Como insisti  nas minhas aulas, não se pode pôr tudo e a toda a hora no Facebook. Devo dizer que se fosse recrutar antigos alunos pelos contributos dos meus alunos no Facebook ou no Twitter não o fazia. Podem «desamigar-me», mas fui fazer a experiência!  Também gosto de festas, mas há fotografias a mais de festas, de copos levantados, linguagem imprória e... a que horas vão os que estão empregados às redes? Pois é... será que não vão em horas de emprego! Há que ter cuidado com o rasto digital!  Como se pode ler no Expresso- Emprego « É verdade que as redes sociais podem ser muito viciantes, mas é fundamental fazer uma correcta triagem do tempo e evitar acessos durante as horas de trabalho, pois ao invés de transmitir uma imagem de profissionalismo está a demonstrar fraca produtividade, diminuindo assim as hipóteses de novas oportunidades laborais ou progressão na carreira».

Eu até sei que os jovens «pronetários» são polícronos e multimodais... mas os empregadores não  querem saber disso!

Segundo um relatório da Transitar “52% dos diretores de recursos humanos afirma poder retirar um candidato de um processo de seleção em função do seu rasto digital”.

Pensem bem na forma de gerir este rasto!!!

  

Nonverbal communication (space) in classroom 1

D idática das línguas-culturas, supervisão e comunicação multimodal «Ver para crer» ou… ver para pensar, comunicar e agir in Paixão, F, Regi...