Já não se encontra emprego da mesma maneira!
Quando falo das mediaculturas, normalmente refiro a questão da polícronia e a questão da narratividade. E da interactividade nas redes sociais.
Quais as implicações destes aspectos na procura de emprego?
You Think You Can Pitch é uma iniciativa para encontrar pessoas que querem trabalhar (Expresso Emprego de 7 de Maio). Até ao dia 17 de Maio podem inscrever-se no So Pitch. É evidente têm de mostrar em 5 minutos que são os candidatos ideais.
19, 20, 21 de Maio em Braga, 26, 27, 28 de Maio em Lisboa ( picth de 2 minutos ).
Que implicações têm estes novos formatos de recrutamento nos processos de formação?
É evidente que o Ensino Superior tem de adoptar (entre outros) formatos polícronos de apresentação da informação. Com os meus alunos, analisámos alguns vídeos dos TED Talks e construiram-se apresentações em Pecha- Kucha, mas há que ir mais longe... em menos tempo.
As ideias os conceitos têm de estar muito bem arrumados para poderem ser expostos de forma contraída ou de forma narrativa, como os meus alunos que aprenderam a importância da narrativização nos média se devem lembrar:
Storytelling é outro formato adoptado no recrutamento: Contar uma história em poucos minutos que dê uma ideia do candidato ou da relação do candidato com a futura empresa (idem). O retrato multimodal que fizeram nas minhas disciplinas pode ser o ponto de partida!
As redes sociais são cada vez mais um espaço de recrutamento. Como insisti nas minhas aulas, não se pode pôr tudo e a toda a hora no Facebook. Devo dizer que se fosse recrutar antigos alunos pelos contributos dos meus alunos no Facebook ou no Twitter não o fazia. Podem «desamigar-me», mas fui fazer a experiência! Também gosto de festas, mas há fotografias a mais de festas, de copos levantados, linguagem imprória e... a que horas vão os que estão empregados às redes? Pois é... será que não vão em horas de emprego! Há que ter cuidado com o rasto digital! Como se pode ler no Expresso- Emprego « É verdade que as redes sociais podem ser muito viciantes, mas é fundamental fazer uma correcta triagem do tempo e evitar acessos durante as horas de trabalho, pois ao invés de transmitir uma imagem de profissionalismo está a demonstrar fraca produtividade, diminuindo assim as hipóteses de novas oportunidades laborais ou progressão na carreira».
Eu até sei que os jovens «pronetários» são polícronos e multimodais... mas os empregadores não querem saber disso!
Segundo um relatório da Transitar “52% dos diretores de recursos humanos afirma poder retirar um candidato de um processo de seleção em função do seu rasto digital”.
Pensem bem na forma de gerir este rasto!!!
Blogue de professora de didáctica das línguas, de análise do discurso dos média, de comunicação, de mediaculturas... com «aulas virtureais»... e alguns desabafos.
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