segunda-feira, 4 de abril de 2011

Cultura partilhada - Culture partagée

Dans le numéro des 146  des  ELA     que je dirige  avec Jacques da Silva, nous établissons des relations entre les cultures  et  les médias.
Cette désignation  de culture  partagée est  de Robert Galisson et pour comprendre les médiascultures (Magret et Macé)  elle nous semble essentielle. De même pour l'organistation de la classe de FLE aujourd'hui. 

No blog,  Aula de português (et) de Français  propomos a exploração pedagógica de um dos exemplos publicitários que consideramos mais bonitos: O Peageot... e  «Le baiser de l'Hotel de Ville» de Doisneau.

Ferrão Tavares.  Escola e televisão: olhares cruzados, Plátano Editora

«Subscrevemos facilmente a seguinte afirmação de L. Porcher : «Les cultures sont toutes par définition, métissées, produites par un mélange, résultat d’une mixité» (1994: 180). Deste modo, uma cultura é um conjunto de culturas e cada geração adopta práticas culturais diferentes. Pode falar-se de cultura dos jovens, culturas profissionais, culturas religiosas, mediáticas, tecnológicas, científicas, humanísticas, de culturas correntes, etnográficas ou partilhadas...
A cultura é o resultado de uma síntese. E esta síntese implica a memória. Factos do quotidiano ou dos media refrescam a nossa memória.

 Já em 1962, E. Morin sublinhava esta síntese provocada pelos media, referindo que «la culture de masse est le seul terrain de communication des classes sociales». Quem viaja de táxi frequentemente sabe muito bem como esta afirmação corresponde à realidade.

Para melhor compreender o conceito  de cultura e as suas implicações pedagógicas, parece-nos importante tecer algumas considerações sobre a noção de competência cultural, pois permite compreender não só os media, mas também a diversidade cultural da escola e da sociedade. O conceito é definido por G. Zarate como «un savoir faire interprétatif» e por L. Porcher como  «la maîtrise d’un système de classement». A aquisição da competência cultural não passa, pois, apenas pela acumulação de conhecimentos. A competência implica certamente conhecimento, mas também a capacidade de classificar, de compreender, de interpretar as diferentes culturas, as ditas «eruditas» e as culturas antropológicas em geral, as práticas sociais, as mentalidades, os sistemas de valores. Ora, a televisão tem um papel importante no desenvolvimento desta competência, fornecendo muitas vezes instrumentos de descodificação da cultura erudita.
Estas definições de cultura, de competência cultural, levam-nos a interrogar-nos sobre a seguinte questão: de que modo a televisão pode ajudar a escola e a sociedade a desenvolver estas competências?
A Televisão apresenta o fragmento, o mosaico. A Escola insiste muitas vezes na acumulação. Se as duas se encontrarem, a televisão pode fornecer instrumentos que reavivem a memória, que permitam a compreensão, o encontro. A escola pode fornecer instrumentos de contextualização, de estruturação desta cultura mosaico».  

E agora, os exemplos  estão na Internet! Vejam-se os palimpsestos na construção de publicidades, artigos...

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