terça-feira, 12 de abril de 2011

Empregabilidade, adaptabilidade e competência plurilingue

Os filhos dos meus amigos estão quase todos empregados. Uns em Portugal (por vezes em empresas internacionais), outros em Espanha, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Alemanha...

Quais as razões?
A primeira será a capacidade de adaptação. Habituados  a ver os pais sem horários, a andar de mala às costas, a ter de gerir orçamentos limitados, a comer sandes quando é preciso e quando há tempo para isso... adaptam-se facilmente a qualquer contexto.

Começaram, quase todos, a trabalhar quando começaram os cursos superiores. Com uma formação num sítio, outra noutro... foram  acumulando habilitações no CV que, no final do curso, implicaram diferenças em relação a outros candidatos.

E sobretudo, além de falarem português sem dizerem «hades»,  «houveram formações«, «fizestes», que «as suas ideias vão de encontro à empresa»... Saberem que  não podem tratar o superior hierárquico por você, que não podem passar a porta antes do chefe, que não podem ficar sentados quando o chefe está de pé... que devem vestir-se de acordo com o código vestimentar da empresa...

Têm competêcia plurilingue. Dominam o inglês  sem problemas, mas  falam outras línguas: francês, espanhol, alemão... e adquiriram cedo as capacidades para poder aprender outras línguas sem problemas (e fazer os exames correspondentes, em tempo limitado).

E outros alunos do ensino superior que conheço? Pedem traduções de  inglês,  de francês nem querem ouvir falar... «castelhano  dá muito trabalho» e «português do Brasil parece diferente»... E os professores até lhes fazem as vontades! É assim que contribuem para a empregabilidade?

Escola fácil, vida difícil, escola difícil vida fácil ... retomo Valadares Tavares.

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