segunda-feira, 18 de abril de 2011

Precisam-se bons economistas, engenheiros... e não jotas

Desabafo de professora e de cidadã!

Em 1975,  tive uma turma com  32 alunos, os melhores e os piores alunos da minha vida profissional: juventudes MRPP, PC, PS, PSD, CDS... e outros de cujas siglas já nem me lembro.    Os bons alunos tinham, uma cultura espantosa,  liam tudo o que era proposto, e mais...,  para poderem  fundamentar as respostas.  Os outros...  limitavam-se a copiá-los.  Os bons iam sempre às aulas... era um prazer!  Mas, tinha de eliminar as respostas com  que alguns, teimosamente, concluiam  os testes: «e viva a classe operária!»  e outros slogans do mesmo tipo. Depois,  fui tendo  «jotas» mais moderados, mas ... com um  grande problema: fazem obstáculo epistemológico. Estão tão cheios de certezas que não ouvem  e não percebem factos e saberes.  Falta-lhes, na maioria, capacidade de se distanciarem.  Não são capazes de distinguir o interessante do demonstrativo. Como não vão, muitas vezes  às aulas ... colam os conhecimentos à pressa na memória. E, como tal, os resultados não são brilhantes. Como, normalmente, até são dirigentes associativos- e devo reconhecer  a importãncia destes cargos no desenvolvimento de competências relacionais e comunicativas - têm direito a épocas especiais, em função dos diferentes regulamentos das instituições e vão fazendo exames...  repetem, repetem ... até que saem licenciados...

Ora tanto  quanto sei - o mundo dos professores é pequeno! - há por aí muitos maus alunos a  «candidatar-se» a lugares de ministros.  Que fizeram na vida? Foram alunos medíocres, poucos saberes adquiriram, não são especialistas de nada,  ocuparam lugares na política quando andavam de fraldas, também não tiveram tempo para aprofundar nada...

Por favor,  nesta altura os competentes têm obrigação de aceitar lugares!   Sigam o conselho do Senhor Cardeal Patrirca!



 

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