quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O livro único. Resposta a Daniel Oliveira e Inês Pedrosa

Eu autora de manuais me confesso. Sou, ou melhor fui, autora de manuais, uma atividade criativa que começou em 1975...  Sim, uma atividade criativa.Sublinho! Eu comecei em 1977.  E antes, fui coautora de brochuras do Ministério da Educação (únicas). E fui aluna de «livro único».

 Laisser faire, laisser parler, manual de Francês para ser usado no 7º ano de escolaridade, construído em colaboração com a minha amiga Rosário Vidal (que, infelizmente, deixou de ser tão cedo) foi o primeiro manual «criado» com muito empenho, investimento, espírito de missão, mesmo! Obrigada Plátano Editora que investiu numa primeira geração de autores! Tive liberdade para criar um dos primeiros manuais de Francês!

Poderão dizer já... «o título mostra a bagunça ligada à educação!». Não, o título reenvia para Quand dire c'est faire (tradução francesa),  de Austin, uma das referências teóricas do manual e exigia muito trabalho a professores e alunos. E foi construído quase em paralelo com a versão definitiva de Un Niveau Seuil do Conselho da Europa, seguindo as orientações desta referência teórica.

Neste, como em outros manuais que publiquei, nunca «amputei» textos de autores (reproduzi extratos, sim, com a identificação)  e, sempre pedi autorização a autores, editores, agentes publicitários...

O autor de manual, regra geral, é um professor e/ou um didata que investigou e desempenha  paralelamente essa atividade criativa.Assente em muito estudo, muitas vezes.

Atividade nem sempre rentável também. Depende da escolha de outros agentes que podem não gostar do manual. Depende, hoje, da publicidade, da concorrência, de regras «oficiais», de comissões...

As escolhas - e, por isso, um manual resulta de ato criativo- dependem do perfil do autor. Apesar do programa ser o mesmo. O meu (em coautoria com Josette Fróis), Suggestions, baseia-se em sugestões pela língua, pela  literatura, pela pintura, pela cultura, cultura erudita, para que a aprendizagem das línguas seja uma viagem na cultura francesa e cultura do quotidiano que impregna a própria língua.
Ao mesmo tempo, outros autores propuseram, para o mesmo ano, Anti-gadoue (título sugestivo!), optando por materiais do quotidiano com títulos mais apelativos como « Mon mec me trompe»! Os conteúdos discursivos e linguisticos são os mesmos, embora a abordagem seja diferente.Os professores gostaram muito mais desta orientação... é a lei do mercado.

Os meus manuais nunca pagaram o investimento que neles fiz. A situação atual permite que (quase) todos sejamos autores, dependendo evidentemente, neste momento, de políticas editoriais.

«Os manuais são caros». Por isso mesmo, compete ao Ministério negociar essa situação. O Ministério faz brochuras de apoio (até sou autora de uma  - e, como disse, fui autora de livros do Ministério) antes de existir essa categoria profissional. Mas são as editoras que têm os meios para editar manuais. E os autores têm o direito de querer contribuir para a educação dos alunos deste país (há países onde as línguas estrangeiras são dadas com conteúdos do próprio país e são submetidos a processo de censura, como o era o nosso «livro único»).   O Ministério até já controla o processo, exigindo coordenação científica e pedagógica e definindo critérios. O seu papel esgota-se aí e no controlo dos preços para que todos os alunos tenham um manual.

E já agora... eu nem preciso de manual e possivelmente teria dificuldade em «dar» o manual (como não conseguiria seguir a planificação de um colega em aula de substituição). Mas o manual é o material de que todos os alunos dispõem. Podem ler textos, fazer exercícios em casa, ler as sistematizações... Por isso o manual é necessário.Não é «mandando» pesquisar em casa, por exemplo, a obra de um escritor que a escola defende a igualdade de oportunidades. É propondo essas atividades de pesquisa, de análise de reflexão, na aula e pedindo que atividades mais previsíveis sejam feitas em casa. E, sem formação a que se poderão agarrar os professores para levar os alunos a atingir as metas?  Mas... este poderá ser o tema para outras reflexões!
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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

auladeportuguêse(t)classedefrançais: Desenhar à maneira de Picasso, com recurso às tecn...

auladeportuguêse(t)classedefrançais: Desenhar à maneira de Picasso, com recurso às tecn...: Não vejo muitas funcionalidades comunicativas e pedagógicas dos quadros interativos multimédia (QIM), mas se eles existem em muitas escolas...

Multimodalidade: Conferência «Abordagens acionais e multimodais», Faculdade de Letras da U do Porto, 21 de outubro 2013

Pois é... a conferência sobre multimodalidade começou hoje...

Já dei várias tentativas de definição de «multimodalidade».
Aqui fica outra.

Vou  definir multimodalidade como «'mestiçagem' de modos que é condicionada pela 'mestissagem de culturas' (Michel Serres), de maneiras de apreender o Mundo e comunicá-las. A modalidade gera, por outro lado, novos modos de apreender o Mundo, de construir conhecimento, de comunicar e aprender.

Sendo uma conferência sobre multimodalidade, tive de fazer escolhas. Este é o ponto de partida da multimodalidade.

Mudei de dispositivo comunicativo, não vai ser uma conferência, vai ser uma aula, implicando co-construção em ação.

Assim, não vou desvendar tudo (regra do segredo nos discursos mediáticos), mas começo por dizer que reduzi o número de diapositivos. Por exemplo... não haverá «menu» da conferência  com alíneas, asteriscos  ou outras «macacas» (como costumava comentar com os meus alunos). Mas não será só a nuvem...




As marcas de estruturação, de coesão da aula serão verbalizadas (com as marcas do meu idioleto gestual e proxémico (no espaço). Há justificações em post anteriores. Também não há separadores...


Os exemplos icónicos serão apresentados nos dispositivos,  por exemplo, todos os que dizem respeito  à evolução metodológica.









As referências ao presente e eventuais previsões passam por  hiperligações com saída para a Internet. (Deslocalização da comunicação e da aula).
A bibliografia, como vem sendo hábito, está aqui, no blogue. Se os estudantes  tirassem apontamentos, perdiam-se os traços e pontos e ...
Algumas atividades práticas estão no blogue auladeportuguês... , como pintar caras à maneira de Picasso no quadro interativo multimédia...
Outras serão feitas a partir de aplicações do meu tablet (as fronteiras entre o off line e on line esbatem.se na virturealidade).
As sínteses serão feitas no quadro preto... sim nesse mesmo... que é ótimo  para  a co-construção dos conhecimentos e partilha dos mesmos. E o gesto da mão a escrever  ajuda a pensar, a verbalizar e ...  os alunos terão de antecipar sentidos e tirar apontamentos (e mais rapidamente do que no white board!).

E claro não disponibilizo, não partilho apresentações... Dar «instrumentos de preguiça» (em formato pen ou por email ou na nuvem)  descontextualizados, não...




  

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Colloque international 2013- Le livre pédagogique en Langue(s) Étrangère(s) : du XIXe siècle au XXIe siècle

Le livre pédagogique en Langue(s) Étrangère(s) :
du XIXe siècle au XXIe siècle
Colloque international APHELLE - APEF
Université d’Algarve, 12-13 décembre 2013
Ce colloque, résultat d’une collaboration entre l’APHELLE et l’APEF, se propose
de poursuivre la réflexion historique sur l’instrumentalisation du livre pédagogique pour
l’enseignement/apprentissage des Langues Étrangères. Pris comme de véritables
instruments pédagogiques (Choppin, 1992), grammaires, guides de conversation, cours
pratiques de langue, anthologies, méthodes et manuels d’enseignement ont circulé
depuis le XIXe siècle dans les établissements scolaires publics et ont accéléré le
processus de la mise en place d’un savoir en objet d’études dûment institutionnalisé
auquel on pourrait donner le nom de disciplinarisation (Puech, 1998). Auteurs et
éditeurs répondent depuis ce temps-là à une conjoncture politique et culturelle en vue de
la création de nouveaux livres d’enseignement capables de répondre aux exigences des
successives orientations ministérielles en matière d’enseignement/apprentissage des
langues étrangères. Peu à peu, le livre pédagogique ou le manuel scolaire a acquis une
certaine légitimité dans le processus d’enseignement/apprentissage et est devenu l’outil
de mise en œuvre des programmes scolaires.
Ce colloque amènera le(s) chercheur(s) à mieux cerner le rôle, l’image et les usages
de ces « maîtres de papier » (Plé, 2009). Ce sera aussi l’occasion de se demander qui
sont les auteurs de ces outils pédagogiques et quel impact ils ont eu sur la (les)
conception(s) pédagogique(s) de l’enseignement/apprentissage des langues étrangères.
Finalement, les projets de réalisation des catalogues de manuels scolaires poseront la
question des sources d’investigation dans le domaine, à côte de celle de la conservation
de cet héritage culturel et pédagogique.
A cet effet, les travaux de cette rencontre scientifique seront groupés autour des 3
grands axes de recherche mentionnés, à savoir :
I. Livres pédagogiques des langues étrangères modernes : typologies,
fonctions, images, usages, mutations.
II. Livres pédagogiques des langues étrangères modernes : auteurs et
conceptions pédagogiques
III. Livres pédagogiques des langues étrangères modernes : catalogues et
préservation du patrimoine pédagogique.
Les spécialistes en Histoire et en Didactique des Langues sont invités à soumettre un
résumé (350 - 500 mots), accompagné d’un court CV, jusqu’au 15 octobre 2013, aux
adresses électroniques suivantes :
aphelleapef2013@gmail.com ou anaclaravsantos@gmail.com.

Langues de communication : portugais, français, anglais, espagnol.
Inscription pour les Associés APHELLE – APEF : 50 €
Inscription pour les Autres : 80 €

Comité scientifique :
Ana Clara Santos
Anna Mandich
Clara Ferrão Tavares
Conceição Bravo
Cristina Pietraroia
Encarnación Medina Arjona
Fernando Carmino Marques
José Domingues de Almeida
Juan Bascuñana
Luiz Eduardo Oliveira
Maria Ausenda Babo
Maria de Fátima Outeirinho
Maria de Jesus Cabral
Maria Hermínia Laurel
Maria José Salema
Maria Teresa Cortez
Marie-Christine Kok Escalle
Nadia Minerva

domingo, 1 de setembro de 2013

A escola que queremos ter... ainda e, agora, sobre a formação de professores

Há  30 e  há 40 anos os professores formavam-se a ver outros professores. Há 20 anos, faziam-se videoformações, formações com recurso ao diagnóstico situacional. E não falo do micro-ensino anterior pelo facto de se centrar em «modelos».

ver Altet, Crahay, Donnay, Ferrão Tavares.
Devo estar velha, mas fico tão irritada quando leio, com todo o respeito pelo Professor Vítor Teodoro, escrever « a formação dos professores tem de sofrer alterações para se aproximar mais da formação dos médicos, por exemplo: A  aprendizagem das profissões que envolvem interacções com outras pessoas deve fazer-se mais pela integração num grupo, pelo acompanhamento, pelo exemplo e pela discussão e análise de situações».

Nas Atas dos Congressos da SPCE houve muitas comunicações sobre videoformação.

Por que acabaram estas formações? Porque não se podem captar imagens, porque os meninos e os pais dos meninos não gostam, porque o Ministério não autoriza...
Assiste-se a aulas para avaliar e dar notas aos professores. Não para os formar!
Não há formação de professores. Esperemos que volte a haver.

No meu caso, passei a analisar com formandos práticas de profissionais que realizam os mesmos atos comunicativos e multimodais  e desempenham as mesmas funções: os jornalistas, os animadores na televisão que explicam, que contam, que argumentam... e algumas aulas no YouTube e a colocá-los em situações semelhantes. Observam os outros para se distanciarem das suas práticas.

Devo estar a ficar rabujenta, mas há tanta coisa feita em educação que se deita fora! Por exemplo, as brochuras do PNEP estão em site desatualizado do Ministério: DGIDC!

Como mudar as aulas com as tecnologias? Provocação...

O tempo e o espaço mudaram. Os professores mudaram. As criancinhas também...

Então a a escola tem de se abrir.


  • tem de abrir a sala e visitar (virtualmente) museus, levar os alunos ao cinema, ao teatro, à ópera, a  Paris, ao Quebeque... (função democrática da escola que se serve das tecnologias para abrir horizontes a todos os alunos)...;
  • tem de dar a possibilidade dos alunos de realizar ações (abordagem acional presente em todos os programas na sequência do QECR do Conselho da Europa) com justificação social, levando os alunos a interagir em fóruns, chat, redes sociais, utilizando as ferramentas da WEB 2.0.


Mas, para esses usos sociais tem necessidade de realizar ações de aprendizagem estruturadas (e esta é uma falha de muitas práticas), para que os alunos adquiram «estruturas sólidas».

E tempo...

E com tantos alunos...

E estes mudaram e «o difícil é sentá-los»...

Algumas sugestões polémicas que ando, há alguns anos, a procurar justificar.

Quero ver as reações, aqui ou no Facebook. Caros colegas, vou ser muito polémica. Vou lançar, rapidamente, uma provocação

Na aula- Sair à procura de outros espaços- fase de apresentação de temática (para ir ao encontro da primeira tendência dos professores) ou do tipo de texto (argumentativa- críticas de filmes... biografias de escritores )... Fase de exposição, de descoberta.

Todos os alunos pesquisam e descobrem, na aula, coletivamente ou com guias (aventuras na WEB, webquet, questionários, scénarios...).Fase de compreensão

Na aula são descobertas as regras discursivas e linguísticas e conteúdos culturais. Fase de conceptualização.

Na aula, os alunos corrigem rapidamente através dos power point as fichas, enunciados de exames, exercícios feitos em casa. Fase de avaliação. 

Em casa- Exercícios de rotina que não exijam nem tecnologias nem explicador por perto. Fase de treino, exploração, leitura de textos.

Na aula, ainda, o reemprego, a comunicação e a ação a partir entre outras situações, a partir do texto literário, por exemplo, com a ajuda de manuais com  o suporte escrito: textos literários (coletânea reinventada). E a partilha com produção nos fóruns, em redes sociais...

E o manual escolar... seria, do meu ponto de vista... a coletânea de textos e a gramática com exercícios e sistematizações.

E aqui está a sequência pedagógica, na linha da tradição didática, com momentos reconstruídos, ou percurso cognitivo traçado. Este, do meu ponto de vista alicerçado em muitas leituras, tem faltado nas práticas dos professores. Não é apontado no QECR, não é apontado nos programas, não está nas planificações (muitas standard) que se encontram na Internet. E como não há formação de professores, muito menos em Didática das Línguas-Culturas... os cadernos dos alunos que folheei mostram práticas «descosidas».

Esta sequência


  • contraria práticas dos professores que  dizem «pesquisem em casa! Como?  ( para alguns alunos com menos tecnologias ou menos ou nenhuns apoios familiares e outros)
  • contraria manuais escolares, como os meus, cheios de documentos autênticos ou materiais sociais, sem textos literários (nos meus havia!).

Poderão consultar Implicações das TIC na aula de Língua

A escola que queremos ter... 2

Voltando ao jornal o Público e ao dossiê.
«Tudo se passa nos mesmos lugares, ao mesmo tempo e da mesma maneira: uma escola é uma colecção de salas de aula e o ensino é uma repetição de actividades pré-formatadas, iguais todos os anos» afirma João Barroso, da Universidade de Lisboa. publica Domingo. 1de setembro 2013.p 22.

Não gosto muito destas afirmações. Sei que, num jornal grande público, não há grande espaço para explicações, mas...

Pensando alto... a aula apresentada no post anterior não era a mesma, todos os dias. É verdade que  havia repetição. Algumas rotinas, como os «momentos da aula de língua», que eram declinados de maneira diferente, consoante as «competências» (os skills como se dizia ) fossem de compreensão ou de expressão oral ou escrita, os suportes fossem textos de jornais ou canções... havia exercícios estruturais «drills» porque é necessário praticar na aula, havia sistematizações (exercícios de conceptualização) ou de fixação. A memória é fundamental em línguas-culturas e não só...

E, como havia formação de professores de línguas estrangeiras, as metodologias audio-visuais e comunicativas eram bem conhecidas pelos professores.

E com os quadros interativos, que faz grande parte dos professores que os utiliza?
Os exercícios que estão no mercado ou disponibilizados pelos quadros. imagens (com qualidade inferior às do início do século XX, quando o método directo foi introduzido em lei em Portugal, 1903 ou 7) para exercícios estruturais.

«O QIM  é bom para projetar imagens, fotos...»
«Utilizo os  power point  dos manuais»
«Projeto fichas semelhantes às dos exames...»
«Utilizo o power point com a explicação da matéria...» os alunos levam para casa (fechados nas mochilas, nas pen, nos emails acrescento eu)
«Os alunos fazem power point com os temas dos programas»...

São alguns exemplos vistos, descritos...

E então... será que a escola tem de mudar, deve mudar? Será que são estas as implicações das tecnologias nas aulas?

Continua...

«A escola que queremos ter...»

O título deste post foi retirado do dossiê, de hoje, da  Revista   do Jornal Público.

O tempo e o espaço mudaram. Os agentes, professores e alunos, mudaram. Continuo a ler Le Français dans le Monde na praia, mas agora ... no tablet. Assino esta revista desde Janeiro de 1976. Ainda tenho números anteriores.  Mas, os tempos mudaram, o espaço na minha estante diminuiu e sou mais apressada, quero ler aqui e agora, logo que o aviso chegue ao meu mail... E aproveito e reajo de imediato a um artigo de Edvige Costanzo, uma das autoras de um dos artigos (para além de ter saltado para a ficha pedagógica disponível on line) enviando-lhe uma mensagem... e já agora ... estará no Facebook (e verifico no momento em que escrevo este post, no Iphone... Aparentemente há outra Edvige, mas não é a mesma... )?
Sendo assim,  não só mudaram o espaço, o tempo,os agentes como os meios ou materiais, os textos...

O objeto da aula de língua: a língua e a cultura sofreram também evoluções. E os conteúdos dos programas escolares são também diferentes, mas será que são assim tão diferentes?


Curiosamente, tenho de interromper este post porque,  no número 118 do  FDLM, de Janeiro de 1976, impresso a preto e branco, encontrei o documento seguinte (que colori com lápis de cor para ser «multimodal»). E assim , constato que, seguindo as indicações  de Jean- Marc Carré, projetei  com o epidiascópio aos meus alunos, na Escola  Comercial e Industrial da Figueira da Foz. Um texto«multimodal»!Um suporte multimodal!


Quanto à metodologia...  seguindo as minhas notas (tenho o péssimo hábito de escrever nos livros em vez de fazer planificações daquelas que agora as editoras dão a acompanhar os manuais que vendem ), primeiro projetei a imagem (como as dobras no documento autêntico o provam). Os alunos formularam hipóteses sobre o conteúdo. Verbalizaram pela primeira vez as noções de espaço, quantidade e qualidade e os  termos«excès», «gaspillage»,«consommation»,«énergie«, «consommation»... Tratou-se assim da fase de Apresentação (texte d'approche oral a partir dos comentários, perguntas, respostas dos alunos- pré-semantização, antecipação...  do texto.
Depois houve a leitura silenciosa com confirmação de hipóteses, perguntas de compreensão. Seguiu-se uma fase de exercícios estruturais  para noções de espaço, quantidade e qualidade. Cada aluno colocou-se no plano pessoal e declinou o texto na primeira pessoa (verbos) E depois sistematização ou fixação.

O reemprego surgiu  num texto argumentativo (antes já trabalhado) sobre energias.
Resumindo a metodologia (a quase 40 anos de distância) transpus os momentos da aula de língua para a abordagem comunicativa que estava a dar os primeiros passos.

Utilizei as tecnologias...

 

Continua...

Homenagem a Santana Castilho

Não me despedi do Professor e amigo, porque, há uns tempos, deixei de ler os seus artigos e a Covid impede-me de estar hoje com ele. Mas, vo...