domingo, 1 de setembro de 2013

«A escola que queremos ter...»

O título deste post foi retirado do dossiê, de hoje, da  Revista   do Jornal Público.

O tempo e o espaço mudaram. Os agentes, professores e alunos, mudaram. Continuo a ler Le Français dans le Monde na praia, mas agora ... no tablet. Assino esta revista desde Janeiro de 1976. Ainda tenho números anteriores.  Mas, os tempos mudaram, o espaço na minha estante diminuiu e sou mais apressada, quero ler aqui e agora, logo que o aviso chegue ao meu mail... E aproveito e reajo de imediato a um artigo de Edvige Costanzo, uma das autoras de um dos artigos (para além de ter saltado para a ficha pedagógica disponível on line) enviando-lhe uma mensagem... e já agora ... estará no Facebook (e verifico no momento em que escrevo este post, no Iphone... Aparentemente há outra Edvige, mas não é a mesma... )?
Sendo assim,  não só mudaram o espaço, o tempo,os agentes como os meios ou materiais, os textos...

O objeto da aula de língua: a língua e a cultura sofreram também evoluções. E os conteúdos dos programas escolares são também diferentes, mas será que são assim tão diferentes?


Curiosamente, tenho de interromper este post porque,  no número 118 do  FDLM, de Janeiro de 1976, impresso a preto e branco, encontrei o documento seguinte (que colori com lápis de cor para ser «multimodal»). E assim , constato que, seguindo as indicações  de Jean- Marc Carré, projetei  com o epidiascópio aos meus alunos, na Escola  Comercial e Industrial da Figueira da Foz. Um texto«multimodal»!Um suporte multimodal!


Quanto à metodologia...  seguindo as minhas notas (tenho o péssimo hábito de escrever nos livros em vez de fazer planificações daquelas que agora as editoras dão a acompanhar os manuais que vendem ), primeiro projetei a imagem (como as dobras no documento autêntico o provam). Os alunos formularam hipóteses sobre o conteúdo. Verbalizaram pela primeira vez as noções de espaço, quantidade e qualidade e os  termos«excès», «gaspillage»,«consommation»,«énergie«, «consommation»... Tratou-se assim da fase de Apresentação (texte d'approche oral a partir dos comentários, perguntas, respostas dos alunos- pré-semantização, antecipação...  do texto.
Depois houve a leitura silenciosa com confirmação de hipóteses, perguntas de compreensão. Seguiu-se uma fase de exercícios estruturais  para noções de espaço, quantidade e qualidade. Cada aluno colocou-se no plano pessoal e declinou o texto na primeira pessoa (verbos) E depois sistematização ou fixação.

O reemprego surgiu  num texto argumentativo (antes já trabalhado) sobre energias.
Resumindo a metodologia (a quase 40 anos de distância) transpus os momentos da aula de língua para a abordagem comunicativa que estava a dar os primeiros passos.

Utilizei as tecnologias...

 

Continua...

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