quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Resultados de estudos internacionais- PIRLS


O Ministério da Educação é pobre e mal agradecido. E os jornais preferem ver o copo vazio. Assim fez o Público com o título «Maioria dos alunos portugueses do 4º ano não vai além do nível intermédio».


 Como se pode ler no  jornal Público «O desempenho em leitura foi avaliado pelo estudo Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS), em que Portugal participou pela primeira vez, tendo também aqui ficado em 19.º lugar. Ambos os estudos são realizados pela International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA)»(...)

«O Ministério da Educação e Ciência atribui a melhoria à “pressão por uma maior exigência por parte da sociedade civil, a introdução de uma avaliação continuada, através de provas de aferição no primeiro ciclo, e um maior controlo sobre os manuais escolares”. Em comunicado, o MEC destaca, contudo, que nos três estudos “mais de metade dos alunos portugueses não conseguem ultrapassar o nível intermédio, o segundo mais baixo em quatro níveis”.


Pois é...  Mas não ficámos assim tão mal no retrato. A Suécia, a França, a Espanha, a Áustria e a Holanda estão depois de nós. E, pelos vistos, não são só os alunos portugueses mas os de todo o Mundo.

E as crianças portuguesas fizeram um esforço notável para ter melhores resultados nos testes internacionais .

E fizemos progressos. E a quem se devem estes progressos? Não não é «à pressão da  sociedade civil», nem «ao controlo dos manuais escolares»...  Mas  aos alunos,  aos professores e talvez a programas do Ministério, não?

Lembro que, no que diz respeito ao Português, houve, no governo anterior, 3 programas. Dois  mais «fluidos» (num sentido positivo) que tinham como finalidade «incentivar a leitura» (Bibliotecas Escolares e PNL) e um outro, o PNEP,  com a finalidade de ENSINAR  A  OUVIR, FALAR, LER E ESCREVER (discursos multimodais). Foi,  aliás, já este Ministério que publicou algumas das brochuras de apoio ao Programa, por exemplo a das Implicações das TIC

Foi através da formação de professores que se procuraram mudar as  práticas pedagógicas. Felizmente muitos professores do PNEP ainda estão nas escolas. Faça-se justiça! Houve formadores e  professores que dedicaram muitas horas, muito esforço para serem melhores professores! Alguns aposentaram-se, outros nem sequer são colocados, mas há muitos que contribuem para que os resultados sejam melhores, apesar das condições serem muito piores!  Não fica mal ao Ministério reconhecer trabalho feito!





sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

AORTA - Always On RealTime Access


Os nativos ganharam aos emigrantes!

E, enquanto emigrante, sinto-me completamente perdida  porque estou «na AORTA». Pois, acionei uma aplicação que faz «plim» e me coloca os mails no ecrã do iphone! De dia, de noite, quando estou a almoçar... estou sempre a receber mais! Que acontecerá em 2020? Só haverá «nativos»!

«By 2020, Prensky predicts people across the globe will be plugged into the "AORTA," -- Always On RealTime Access -- a term coined by Mark Anderson, the chief of the Strategic News Service -- specializing in technology news. A future in which people are constantly able to access information and news from anywhere on the planet.

Le concept de transposition didactique est-il utile en Didactique des Langues-Cultures ?


Le concept de transposition didactique est-il  utile en Didactique des Langues-Cultures ?

«J’ai donné aujourd’hui le présent de l’indicatif».  Cette affirmation de la part d’un enseignant relève de la transposition didactique, à mon avis (de façon rapide en style blog). L’enseignant a repris «un objet» qu’il a trouvé dans une grammaire, l’a  mis dans un paquet cadeau,  avec des dessins de petites bêtes ou avec  des dessins plus adultes en fonction du public, et l’«a donné» ou transmis  à ses sujets.  

Le concept de transposition qui semble s’adapter bien à d’autres domaines semble problématique en DL-C.
De même, la distinction entre « savoir savant»  et « savoir enseignan » semble se diluer dans l’évolution  de l’enseignement des langues. Dans les Méthodes « traditionnelles  », on peut en parler, mais depuis la Méthode Directe l’objet langue-culture intègre la culture-action (dans la terminologie de Galisson) plutôt que « les savoirs savants» ou la culture-vision  (pareil dans les MAV). Ce n’est qu’ à partir d’un certain moment  des  Approches Communicatives et  avec les Approches Actionnelles  que la culture-vision revient en classe (en même temps que celle du quotidien).

L’objet de la classe de langue-culture  est,  probablement,  autre que celui des autres domaines (quand on parle de transposition) puisque  cet objet ne se circonscrit pas à un ensemble de savoirs constitués (ailleurs). L’ensemble de savoirs   est construit à l’intérieur de la discipline Didactique des Langues- Cultures. Il est     « reconstruit » par la situation pédagogique qui comprend  l’agent, le sujet et l’objet (de la relation triangulaire habituelle)  mais qui comprend également les moyens, le temps, l’espace… ( voire l’appareil matriciel de Galisson). Et les «savoirs savants» intègrent (ils ne s’opposent  pas - une autre tendance qu’il faut corriger)  les compétences. Les savoirs savants (comme la grammaire, la littérature, la culture), les savoir-être, les savoir-faire et les savoirs apprendre déterminent les compétences, puisque si l’on ne  maîtrise pas  les savoirs comment peut-on  les démontrer  par «l’ usage» que l’on en fait ?  

Cette clarification semble importante d’autant plus que certains gouvernements, comme le nôtre,  tombent dans la tentation  de construire un « paquet pédagogique » constitué par la grammaire, la littérature, quelques aspects culturels que les enseignants  devront transposer en classe. Ceci  évite le besoin de former des enseignants, il suffit de leur fournir des batteries  d’  exercices avec le présent du subjonctif  et,  par ailleurs, il est facile de construire des instruments d’évaluation «très rigoureux, comparables…».

Or cette conception entre en contradiction avec toutes les lignes de politique linguistique européenne et avec les cadres de référence approuvés par  le Conseil de Ministres de l’Union Européenne, comme le CECR qui montrent les enjeux formatifs, communicatifs, sociaux, culturels, politiques du plurilinguisme à l’école ! On apprend les langues pour apprendre le temps des verbes, oui,  mais pour aller beaucoup plus loin…  

Homenagem a Santana Castilho

Não me despedi do Professor e amigo, porque, há uns tempos, deixei de ler os seus artigos e a Covid impede-me de estar hoje com ele. Mas, vo...