O Ministério da Educação é pobre e mal agradecido. E os jornais preferem ver o copo vazio. Assim fez o Público com o título «Maioria dos alunos portugueses do 4º ano não vai além do nível intermédio».
Como se pode ler no jornal Público «O desempenho em leitura foi avaliado pelo estudo Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS), em que Portugal participou pela primeira vez, tendo também aqui ficado em 19.º lugar. Ambos os estudos são realizados pela International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA)»(...)
«O Ministério da Educação e Ciência atribui a melhoria à “pressão por uma maior exigência por parte da sociedade civil, a introdução de uma avaliação continuada, através de provas de aferição no primeiro ciclo, e um maior controlo sobre os manuais escolares”. Em comunicado, o MEC destaca, contudo, que nos três estudos “mais de metade dos alunos portugueses não conseguem ultrapassar o nível intermédio, o segundo mais baixo em quatro níveis”.
Pois é... Mas não ficámos assim tão mal no retrato. A Suécia, a França, a Espanha, a Áustria e a Holanda estão depois de nós. E, pelos vistos, não são só os alunos portugueses mas os de todo o Mundo.
E as crianças portuguesas fizeram um esforço notável para ter melhores resultados nos testes internacionais .
E fizemos progressos. E a quem se devem estes progressos? Não não é «à pressão da sociedade civil», nem «ao controlo dos manuais escolares»... Mas aos alunos, aos professores e talvez a programas do Ministério, não?
Lembro que, no que diz respeito ao Português, houve, no governo anterior, 3 programas. Dois mais «fluidos» (num sentido positivo) que tinham como finalidade «incentivar a leitura» (Bibliotecas Escolares e PNL) e um outro, o PNEP, com a finalidade de ENSINAR A OUVIR, FALAR, LER E ESCREVER (discursos multimodais). Foi, aliás, já este Ministério que publicou algumas das brochuras de apoio ao Programa, por exemplo a das Implicações das TIC.
Foi através da formação de professores que se procuraram mudar as práticas pedagógicas. Felizmente muitos professores do PNEP ainda estão nas escolas. Faça-se justiça! Houve formadores e professores que dedicaram muitas horas, muito esforço para serem melhores professores! Alguns aposentaram-se, outros nem sequer são colocados, mas há muitos que contribuem para que os resultados sejam melhores, apesar das condições serem muito piores! Não fica mal ao Ministério reconhecer trabalho feito!
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