segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Daqui a dez anos, a Internet será como nunca a imaginaremos

Este é o título de artigo  de Joana Gorjão Henriques no jornal Público de 25 de novembro. Vai seguir-se a publicação de entrevistas. 
Quais as alterações, segundo os autores citados (Clay Shirky, Nicholas Carr, Jeff Jarvis, Ethan Zuckerman e Evgeny Morozov)? Vou agrupar, segundo um processo muito utilizado pelos bloguers: uma lista!


  • deixámos de escrever à mão
  • partilhamos a nossa vida nas redes sociais
  • estamos ligados permanentemente
  • concebemos a Internet como integrada na nossa vida
  • misturam-se o real e o virtual
  • passamos da conversa à ação coletiva
  • expomos as nossas vidas publicamente
  • encurtámos distâncias
  • organizamo-nos (os ditadores  e os piratas também!)
  • perdemos  capacidade de concentração e somos menos reflexivos (Carr)
  • o pensamento tem-se tornado errático e rápido
  • fazemos várias coisas ao mesmo tempo, interrupções
  • perdemos a capacidade de afastar distrações e de sermos pensadores atentos.


Refletindo sobre o que a Internet fez comigo, ou melhor, o que eu faço com a Internet...

Olhando para a minha grande secretária muito mais desarrumada do que há 10 anos: um computador, algo lento... e por isso vejo o Facebook no Smartphone, ao mesmo tempo que espero por informação que procuro na Internet, e,  assim, combino o que quero  procurar com  o que «está a correr constantemente» e... o que o multitasking me está a fazer! tenho postits em que escrevo à mão bocados de artigos que «estou  escrevendo», tópicos para o blogue e... como é possível!... «estou pintando» (espero que as tintas sequem, vejo facebook, pesquiso, respondo a mails e...  ontem  nestas passagens múltiplas dei um erro ortográfico de palmatória num SMS e enviei sem ler (devo ter pensado que estaria  a escrever em francês...) passo do francês para o português e que remédio! para o inglês! Escrevo listas como esta em que estou a  «fundir» vozes de autores diferentes! Será que esta ginástica evitará o Alzheimer? Espero que sim. 

Felizmente vou escrevendo artigos «mais sérios», concentro-me, isolo-me. Leio alguns autores com tempo... Converso com amigos...  

Recebi ontem um mail de uma jovem que me dizia que não tinha visto a minha mensagem porque teria estado em férias... Também  eu me dei conta de que fazia o mesmo até ao ano passado! A partir do momento em que tenho um smartphone  não tenho férias... de 10 em 10 minutos vejo correio, estou no café à espera da bica e... Por isso, não vou querer roaming de  dados quando for para o estrangeiro, mas aqui...!

A maior transformação da minha vida foi o iphone, mas vou ter de «domesticar» o objeto, será mesmo objeto?

E que acontece com as crianças e os adolescentes?

Leitura em superfície? Pensamento errático? Incapacidade de concentração? Reflexão superficial? 

Mas a sociedade exige cada vez mais capacidades de análise, de relacionação, de síntese, de argumentação... Como fazer? 

A entrevista de Nicholas Carr é  publicada no dia 28. Até breve!



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