Não é muito fácil aceitar os dados do Eurobarómetro. «Apenas 13% dos portugueses fala correctamente duas línguas estrangeiras, uma
quebra de dez pontos percentuais, face à anterior avaliação, em 2006»! Portugal é tradicionalmente um país plurilingue! As 2 línguas obrigatórias fazem parte da nossa estrutura curricular do Ensino Básico e digo bem BÁSICO desde o século XIX. Depois a segunda língua passou a facultativa, depois foi suprimida... No Secundário havia uma segunda língua obrigatória (Revisão Curricular, 1999-2001). Depois passou a opcional. ... Enfim assistimos à morte da segunda língua para «diminuir o insucesso». «As línguas são elitistas», como me disseram há uns anos ... «E o melhor... é ficar pelo Inglês... sempre fica mais barato!» e «toda a gente fala inglês!», «Quando muito... faz-se uma concessão ao Castelhano, está aqui tão perto e reciclam-se professores!»
E, no entanto, não deveríamos ter seguido a Recommandation nº R (98) ?
Não subscrevemos o Livro Branco sobre a Educação e a Formação em 1995?
Pour une Europe de la Connaissance (COM 97) 563?
Politique linguistique pour une Europe multilangue et multiculturelle, 1998?
O QECR é o documento de referência, obrigatório para todos os países, não?
A Estratégia de Lisboa tinha metas para as 2 línguas, em que ponto estamos?
...
Como cidadã europeia sinto que os responsáveis políticos portugueses me envergonham quando leio os resultados do Eurobarómetro. Como professora de línguas e de Francês sinto-me indignada! Como mãe, tive sorte... o meu filho aprendeu Inglês, Francês e Alemão no sistema educativo! Quanto às outras... «inscrevam os filhos em centros particulares! O estado-social acabou!». Como cidadã portuguesa, que vergonha!
Jean Claude Béacco autor de documentos de poliítica linguística do Conselho da Europa dizia recentemente que o plurilinguismo (pluriculturalismo) sai mais barato que a guerra civil!
Por favor, Senhor Ministro da Educação de Portugal ouça o apelo dos que ficam envergonhados pela situação a que o país chegou e olhe que os professores têm poucas culpas. Há quem tenha muito mais! Se não nos quer ouvir, ouça a Comissária Europeia Androulla Vassiliou.
«Androulla Vassiliou, comissária europeia responsável pela Educação, Cultura, Multilinguismo e Juventude, alerta que o domínio de outras línguas é crucial pois “expande os horizontes e abre portas, aumenta a empregabilidade e, no caso das empresas, pode criar mais oportunidades no mercado único” Publico.
E, no entanto, não deveríamos ter seguido a Recommandation nº R (98) ?
Não subscrevemos o Livro Branco sobre a Educação e a Formação em 1995?
Pour une Europe de la Connaissance (COM 97) 563?
Politique linguistique pour une Europe multilangue et multiculturelle, 1998?
O QECR é o documento de referência, obrigatório para todos os países, não?
A Estratégia de Lisboa tinha metas para as 2 línguas, em que ponto estamos?
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Como cidadã europeia sinto que os responsáveis políticos portugueses me envergonham quando leio os resultados do Eurobarómetro. Como professora de línguas e de Francês sinto-me indignada! Como mãe, tive sorte... o meu filho aprendeu Inglês, Francês e Alemão no sistema educativo! Quanto às outras... «inscrevam os filhos em centros particulares! O estado-social acabou!». Como cidadã portuguesa, que vergonha!
Jean Claude Béacco autor de documentos de poliítica linguística do Conselho da Europa dizia recentemente que o plurilinguismo (pluriculturalismo) sai mais barato que a guerra civil!
Por favor, Senhor Ministro da Educação de Portugal ouça o apelo dos que ficam envergonhados pela situação a que o país chegou e olhe que os professores têm poucas culpas. Há quem tenha muito mais! Se não nos quer ouvir, ouça a Comissária Europeia Androulla Vassiliou.
«Androulla Vassiliou, comissária europeia responsável pela Educação, Cultura, Multilinguismo e Juventude, alerta que o domínio de outras línguas é crucial pois “expande os horizontes e abre portas, aumenta a empregabilidade e, no caso das empresas, pode criar mais oportunidades no mercado único” Publico.