Pensamentos desarrumados, em férias...
Ainda na viagem... a propósito da minha sugestão de leitura da «Viagem do Elefante» de Saramago, dizia-me uma jovem simpática e esperta (que tinha andado de elefante, momentos antes) que «de Saramago tinha lido «A relíquia» e não tinha gostado, por causa da pontuação». Lá tentei lembrar-lhe o conteúdo de «a Relíquia» de Eça de Queirós e o título da obra de Saramago que consta do programa do Ensino Secundário: «Memorial do Convento». E interroguei-me sobre o ensino da literatura: como é que uma jovem esperta faria estas confusões?
E, a tomar banho na piscina, fui-me lembrando de «definições» de cultura «a cultura é o que fica quando nos esquecemos de tudo», «la culture c'est comme la confiture, moins on en a , moins on l'étale», «culture savante et culture partagée», «habitus»...
Entretanto... lembrei-me do verso «minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, as aves que aqui gorgeiam, não gorgeiam como lá» (verso adequado ao contexto), depois ... do professor Leodegário de Azevedo Filho. Tinha descoberto no Google, antes desta viagem, que já tinha morrido e (lembrei-me que não tinha participado, porque não tinha sabido, na sua homenagem). Leo, onde estiver, a homenagem da Clarinha! (Ilka, Claudinha... lembram-se da nossa ida a Paris? Foi o professor (a mulher e a filha) que nos acompanhou a Paris, em viagem de Curso, e nos fez descobrir Paris)
Lembrei-me de Don Casmurro, de Machado de Assis, da personagem Capitu... de João Cabral de Melo Netto, de Vinicius, de Manuel Bandeira... Da maneira como lia e como nos apresentava os autores de que tanto gostava... A «empatia literária» que gerava.
E daqui... voei para a formação de professores... para a necessidade de os professores serem bons leitores, bons «metteurs- en- scène», bons «designers» (Kress et al (2001) Jewitt, 2008). Estou a falar de Leodegário de Azevedo e vejo-o e ouço-o a ler! E é por isso que estou a escrever na «Universidade de Pasárgada». Terão sido os meus neurónios espelho que integraram esta «cultura»? O olhar, os gestos, o tom de voz... estão ligados à verbalização, mas também à relação, à empatia... e ao pensamento e memória, de quem fala e de quem vê e ouve. Foi a multimodalidade de Leodegário de Azevedo Filho que sabia pôr em cena os saberes, partilhá-los... que me levou a construir em longes terras estas reflexões? É verdade , as tecnologias ajudam, mas um professor não é um técnico. Estou a estudar e a escrever um artigo sobre o assunto!
Ainda na viagem... a propósito da minha sugestão de leitura da «Viagem do Elefante» de Saramago, dizia-me uma jovem simpática e esperta (que tinha andado de elefante, momentos antes) que «de Saramago tinha lido «A relíquia» e não tinha gostado, por causa da pontuação». Lá tentei lembrar-lhe o conteúdo de «a Relíquia» de Eça de Queirós e o título da obra de Saramago que consta do programa do Ensino Secundário: «Memorial do Convento». E interroguei-me sobre o ensino da literatura: como é que uma jovem esperta faria estas confusões?
E, a tomar banho na piscina, fui-me lembrando de «definições» de cultura «a cultura é o que fica quando nos esquecemos de tudo», «la culture c'est comme la confiture, moins on en a , moins on l'étale», «culture savante et culture partagée», «habitus»...
Entretanto... lembrei-me do verso «minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, as aves que aqui gorgeiam, não gorgeiam como lá» (verso adequado ao contexto), depois ... do professor Leodegário de Azevedo Filho. Tinha descoberto no Google, antes desta viagem, que já tinha morrido e (lembrei-me que não tinha participado, porque não tinha sabido, na sua homenagem). Leo, onde estiver, a homenagem da Clarinha! (Ilka, Claudinha... lembram-se da nossa ida a Paris? Foi o professor (a mulher e a filha) que nos acompanhou a Paris, em viagem de Curso, e nos fez descobrir Paris)
Lembrei-me de Don Casmurro, de Machado de Assis, da personagem Capitu... de João Cabral de Melo Netto, de Vinicius, de Manuel Bandeira... Da maneira como lia e como nos apresentava os autores de que tanto gostava... A «empatia literária» que gerava.
E daqui... voei para a formação de professores... para a necessidade de os professores serem bons leitores, bons «metteurs- en- scène», bons «designers» (Kress et al (2001) Jewitt, 2008). Estou a falar de Leodegário de Azevedo e vejo-o e ouço-o a ler! E é por isso que estou a escrever na «Universidade de Pasárgada». Terão sido os meus neurónios espelho que integraram esta «cultura»? O olhar, os gestos, o tom de voz... estão ligados à verbalização, mas também à relação, à empatia... e ao pensamento e memória, de quem fala e de quem vê e ouve. Foi a multimodalidade de Leodegário de Azevedo Filho que sabia pôr em cena os saberes, partilhá-los... que me levou a construir em longes terras estas reflexões? É verdade , as tecnologias ajudam, mas um professor não é um técnico. Estou a estudar e a escrever um artigo sobre o assunto!
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