terça-feira, 28 de abril de 2020

EscolaEmCasa... algumas reflexões

1. Gosto da Escola em casa e já justifiquei as razões e dei os meus parabéns às professoras. Ontem gostei muito da presença da professora Isa no programa do Ricardo Araújo Pereira. Mostrou a capacidade de reagir ao humorista e é interessante comparar as alterações que a televisão opera em comentadores e apresentadores. A «telescola» é uma escola sem maquilhagem!

2. Com os saberes acumulados e integrados ao longo dos anos, com a experiência de professora e  formadora que tive, tenho obrigação de intervir e dar algumas sugestões. As colegas que estão a dar aulas não tiveram bolsas do Ministério da Educação Português, da Gulbenkian, da Embaixada de França, da Embaixada da Bulgária... Possivelmente, não terão começado a fazer cursos de formação de professores, pagas por si ou pais aos 19 anos. Eu estive em Nice(depois de ir à PIDE com comprovativo de autorização dos meus pais...). Não tiveram aulas com Galisson, ou Porcher, Moirand, ou Charaudeau, Greimas... Não deram aulas nas melhores instituições de ensino superior portuguesas e estrangeiras, mas também experiência em escolas  básicas e secundárias como professoras e formadoras. Isto tudo para dizer o que é óbvio. Tendo conhecido o antes do 25 de Abril, tive o privilégio, juntamente com outros colegas, de ter conseguido uma das melhores formações que alguém pode ter. Investiram em mim e eu também investi e continuo a investir em mim.

Infelizmente, a formação de professores foi-se diluindo e as oportunidades de formação  são raras e caras... 

3. Por isso, vou apresentar alguns «slogans» que os meus ex-estudantes, hoje professores, bem conhecem. Dir-me-ão que a formação não se faz  com slogans ou regras, mas também não fazem mal...
3.1. «A Escola mostra» poucos textos. E «os textos são imagens». Normalmente , numa aula, «explora-se» um texto durante uma aula ou uma semana...
Passando para a televisão. É importante mostrarem as ilustrações que acompanham os textos, pedir aos alunos em casa para formularem perguntas sobre o conteúdos dos textos antes da leitura e em diferentes momentos, nomeadamente quando passam da situação inicial, para a complicação...
. Assim, vão ouvir e confrontar as suas hipóteses com o texto. Já criam um projeto de leitura: sabem para o que vão ler e formulam hipóteses sobre o que vão ler. Normalmente é o nosso ponto de partida para a leitura de um texto. Mas mostrem também os textos. A materialidade destes, o arranjo gráfico vai dar a noção de «textos» com parágrafos, diferentes tipos de letra... mesmo aos mais pequeninos que não sabem ler.     

3.2. «Na Escola leem-se   poucos textos». Vão deitar-me o fogo, as minhas alunas também reagiam! Curiosamente, numa  das primeiras aulas do 1º ciclo da «telescola», a professora leu (mostrou pouco) muitos livros. Mas, por exemplo, numa aula de hoje foram explorados um texto biográfico e um de opinião (ouvido). Não teria sido melhor mostrar muitas biografias com  formatos diferentes (5-6... de inventores, escritores, artistas, apresentadores...)? E comparar  três ou quatro  para chegar à matriz do texto biográfico? Neste caso, justificava-se a passagem para a  descoberta e  sistematização dos nomes (e eventualmente verbos no pretérito perfeito). (Não estudei nem  a «terminologia» por isso faço declaração de princípio. Achei que, aposentada, era melhor investir em  neurociências, efeitos das tecnologias e outros domínios do que andar a aprender terminologias oficiais mas efémeras).

A aula dobre o texto de opinião poderia levar à visualização de textos dos jornais, além dos que os alunos  ouviram-leram. Portanto vários textos, para , mais uma vez, os alunos verem e descobrirem e, no fim,  sistematizarem textos deste mesmo tipo. E aqui... talvez tivesse sido melhor uma aula sobre a opinião escrita e outra para a oral.

3.3 «Há diferentes maneiras de dar gramática ou de desenvolver o conhecimento da língua, por exemplo:  a nocional e a «gramática em centímetros».
Gramática nocional partiria dos textos biográficos para propor sistematização dos nomes. No caso do texto argumentativo escrito, dos conectores ou articuladores (conjunções e locuções adverbiais). «Mas, no entanto, porque, por um lado, por outro... verbos de opinião (eu acho, eu gostaria de acrescentar...não é nada disso».
«Gramática em centímetros» é ir aos programas e decidir que hoje se «dá» os nomes página X do livro, amanhã os verbos no imperfeito...» em função dos centímetros de livro.

Numa gramática nocional, o imperfeito surge  frequentemente no mesmo texto narrativo (era uma vez, estava um dia de sol...) em que com a complicação é introduzida por um articulador e o verbo no pretérito perfeito ( mas... certo dia um temporal abateu-se...). Portanto a noção de tempo implica os advérbios, as conjunções e os dois tempos ao mesmo tempo. Em relação com as ilustrações do livro, das cores, dos espaços... A complicação implica o uso de um conector ou articulador  como «mas, um dia... e a passagem ao pretérito perfeito, muitas vezes».     «Tudo estava bem, mas um dia...estragou-se tudo».
3.4. «O professor é um modelo no uso da língua. Não deve imitar bébés ou crianças a falar». Sei que as colegas educadoras e primeiro ciclo (e os pais) têm essa tendência e até acham piada, mas a criança aprende com modelos. Os traços paraverbais, ritmo, entoação, velocidade... são os do locutor adulto, a menos que  o professor esteja a simular vozes de personagens.  Evitem os bordões  sobretudo o «ok ». Para parecerem próximos dos alunos, não utilizem léxico destes. A noção de registos de língua que utilizamos de  maneira diferente em função do contexto e dos interlocutores adquire-se assim.  Cuidado com «quaisqueres», «hadem» (há um político conhecido que conheceu os efeitos de um lapso destes!) «estivestes», «deviam de haver» (devia haver)...

3.5 « As imagens desempenham diferentes funções: não se limitem a usar as imagens referenciais com florinhas, casinhas... Vejam as ilustrações dos livros atuais que apresentam imagens com funções simbólica, metafórica, provocadora, humorística...». Qual a razão para a Escola , software pedagógico, manuais digitais terem imagens concretas «pobrezinhas? Utilizem também imagens de arte, reprodução de quadros. Por exemplo, para a atividade do 5 e 6º ano, para a explicação da matriz narrativa a professora utilizou desse tipo de imagens. Poderia ter recorrido a pintores como Manet, Monet, Sisley, Malhoa, ... para o «tempo». Para  o «herói», «amigos» e «inimigos» a  reproduções de Picasso, Klint... retratos renascentistas.... (basta pesquisar retratos na pintura...  Para a situação inicial  ou para o objeto há tanta imagem surrealista que poderiam utilizar!  Estou a citar pintores mais antigos por causa de direitos de autor (não sei se se põe este problema na telescola).
 Antes da Internet, publiquei uma atividade que os meus ex-alunos desenvolveram muito nas aulas. Vale a pena rever.
https://auladeportuguesyclassedefrancais.blogspot.com/2011/03/jogo-dos-dados.html

3.6. « Professora! Essas imagens são muito difíceis... » . «Ora,  o uso de imagens abstratas leva a maior produção verbal do que as imagens concretas, referenciais... Se fizerem o desenho de uma casinha num prado, as crianças só dizem «casa pequena, telhado, janelas, prado, verde, quer dizer fazem uma lista de nomes e adjetivos. Se, pelo contrário, propuserem  uma reprodução de Chagall» podem construir frases deste género «Parece ser um homem por cima de uma casa, não, não é. Deve ser uma mulher porque... Será um casamento... Talvez seja». As crianças formulam hipóteses, podem empregar futuro, conjuntivo...  motivados pelos articuladores lógicos... E depois é só passar para a aulas de expressões... Fazer desenho «à maneira de Chagall», movimentar-se no espaço em função de música de Stravinsky, por exemplo. Ir dizendo todas as palavras que as projeções de quadros ou a audição de música clássica lhes provoca. Na televisão , os professores  podem simular ser crianças e registar algumas palavras, podem  agrupá-las em categorias gramaticais...  Essas palavras podem  servir pretexto para composição. Assim, a Internet abre as portas de museus a de todas as crianças. Não as fecha em casa a fazer fichas  a trabalhar em manuais digitais ou outros! Isto não quer dizer que quando estiverem sozinhas, não completem fichas e  não façam cópias... atividades que não impliquem ajuda de adultos. Poderia acrescentar outro «slogan». «Para casa, só se deve pedir para as crianças fazerem o que estas são capazes de fazer sozinhas e tendo em conta o tempo que as crianças levam a fazê-las».

 3.7 «Power point não é cinema, por isso não desliguem as luzes.  Também não leiam o que está escrito». Para perceberem estas provocações, remeto os leitores para mensagens neste blogue:

https://universidadedepasargada.blogspot.com/search?q=power+point

http://universidadedepasargada.blogspot.com/search/label/power%20point

Bom trabalho! E mais uma vez Parabéns às equipas de #EstudoEmCasa!

terça-feira, 21 de abril de 2020

Escolas paralelas, convergentes ou divergentes

O « Estudo em casa » não pode ser a « escola dos pobrezinhos ». Li por aí que os professores dão aulas ao mesmo tempo da programação, desqualificando esta escola paralela. Estão a criar « escola divergente »: a escola em casa, com pais a terem de ajudar a fazer « as 12 páginas de português, as 10 de estudo de matemática, as 6 de matemática... A escola com tecnologias/ sem tecnologias. Para que as escolas sejam convergentes é preciso que os professores vejam televisão e partam daí para outras atividades. E, como disse, durante 30 anos, aos futuros professores que foram meus alunos « só se pode pedir aos alunos que façam em casa o que estes são capazes de fazer sozinhos ».

Comprar computadores para cada aluno?
Por entre as queixas que me chegam dos pais descontentes refiro esta:
«Tive de faltar ao trabalho para apoiar a minha filha e o meu filho . Imagine o que está a acontecer! Mandaram-me um questionário para eu preencher com o número de computadores que tenho em casa. Tenho o meu, o meu marido precisa do dele, mas achei que tinha de me organizar com um computador para as aulas da minha filha (que nem sempre vê as aulas da professora) e para o meu filho. Ora, as minhas amigas foram pedir um computador para cada filho e chamaram-me parva». A Câmara de Coimbra ( e outras) estarão a dar computadores sem necessidade? Desculpem, mas isto não é educativo! É um reforço do consumismo tecnológico de novos ricos! Os computadores devem ser comprados para as escolas e as bibliotecas que os emprestam, quando necessário. Aprovei os «Magalhães» porque, na altura, houve programas de formação de professores que ensinaram os professores a servir-se deles e estes os seus alunos. Ainda se encontram poucos, mas alguns blogues, webquest, fóruns (fazendo pesquisa em PNEP há evidências do trabalho dos alunos, nessa altura).
Não podemos criar escolas «divergentes». A escola e a televisão deveriam ser, efetivamente, escolas paralelas ou convergentes. Senhores professores, caros colegas! Em vez de criticar, construam! E encarregados de educação... se querem ajudar... observem de longe! Não desqualifiquem a ação de quem se expõe, nem protejam demasiado os vossos meninos. Todos aprendemos com as dificuldades!

segunda-feira, 20 de abril de 2020

#estudoemcasa Agradecimento público e sugestões

Um grande obrigada a toda a equipa de colegas que decidiu  participar nesta Escola. Parabéns também ao Ministério que tomou esta iniciativa. Parabéns à RTP que a tornou possível.  A TELEVISÃO é a instituição mais democrática a seguir à ESCOLA, dizia Louis Porcher, no final do século passado. Com a Escola fechada, depois do recurso a dispositivos tecnológicos mais modernos e mais interativos, mas, altamente, discriminatórios, como professora que explorou, investigou, formou professores sobre «zonas de proximidade entre a Escola e os Media», em particular sobre a televisão (foi esse o assunto de aula de Provas de Agregação), não poderia deixar de me congratular com esta Escola.
           Apesar de aposentada,  acho que a minha história poderá ajudar outros professores. E é, por isso, que aqui estou. Vou dedicar-me sobretudo às aulas de Português  do primeiro ciclo. Apesar de ter sido professora do segundo ciclo e secundário, foi, no âmbito do ensino superior, na formação de professores do 1º ciclo, que mais intervim. E intervim, investigando, lendo muito,  dando e assistindo a muitas aulas. E continuo a ler, por isso, aqui estou a escrever.  Até dei aulas gravadas e transmitidas na televisão! No âmbito da Universidade Aberta, dei uma Unidade de «Os média e a aprendizagem», para a profissionalização de professores e incluída num mestrado de Multimedia e educação.

Vou centrar as minhas sugestões nas  aulas de Português. Hoje, foram as primeiras, «muito duras»... Eu sei... na gravação da aula  de que mostro fotografia, maquilharam-me com bâton. Fiquei tão perturbada, não era eu, dado que nunca usei e... «entupi». Eu que falo tanto, não conseguia articular... não conseguia dizer nada. À terceira tentativa,  puseram-me um teleponto e  consegui fazer qualquer coisa... Até expliquei.


Nunca gostei desta primeira aula, mas foi vista, em alguns sábados, na RTP, durante muitos anos. Demasiados, até já tinha passado a ser loura e ainda me via morena no ecrã! Este é um dos riscos das gravações: duram, duram...

Sei que as colegas hoje já são dos tempos das selfies e, por isso, estão mais habituadas. Eu estava habituada a muitas gravações, mas... com alunos... E aí surge outro problema: falar para muitos. No meu caso, eram os estudantes da Universidade Aberta, mas nos cabeleireiros, às vezes diziam que me conheciam da televisão. Aqui e agora... estão todos em frente ao ecrã. As crianças que são as verdadeiras destinatárias e os pais. Imagino facilmente comentários de hoje: «só ler livros...nós também sabemos ler e melhor». Mas, os vossos principais interlocutores são as crianças que não têm nem livros nem quem lhes leia livros. Quanto aos professores, nossos colegas, muitos dirão aquilo que eu ouvi, durante anos, sempre que lhes mostrava gravações de aulas por dezenas de professores: «Eu faria muito melhor». o pior é que,  a seguir, quando lhes pedia que encontrassem alternativa e os gravava... os dos outros grupos diziam o mesmo. E não imaginam a dificuldade que tinha e, nos últimos tempos pior, para conseguir gravar aulas, até para os vídeos da Universidade Aberta.  Por isso, força! Não vejam redes sociais!

Quanto à aula de leitura de horários...aí virá a crítica seguinte, já muito conhecida.«textos funcionais! é preciso ensinar a lê-los?».
Não se preocupem... vão ouvir estes comentários todo o tempo. Eu antecipo-os com a experiência que tenho, renovando os meus agradecimentos públicos  e dando-vos os meus parabéns!

Mas, como gosto e dar sugestões, propunha que, por vezes, antes da leitura dos livros, façam perguntas sobre as imagens, para que as crianças aprendam a ler imagens e antecipem o que vão ler ou se deixem surpreender.  De vez em quando, também, quando há duas professoras, uma (alternadamente) pode desempenhar papel de aluno. O recurso a simulações é um bom processo interativo, apesar de as duas terem de ser «reconhecidas» como professoras.A identificação com os professores é um bom princípio no ensino a distância.

Por hoje é tudo. Deixo-vos com sugestões de aulas em textos que possivelmente conhecem: os materiais do PNEP. 
E, já agora,  uma publicidade à autora deste blogue . Já tem uns anitos, mas as propostas não estão desatualizadas.

https://www.portoeditora.pt/produtos/ficha/didactica-do-portugues-lingua-materna-e-nao-materna-no-ensino-basico/195860


segunda-feira, 16 de março de 2020

domingo, 1 de março de 2020

Décès de Robert Galisson: «Quand il est mort le poète» ...

Pour annoncer le décès de Robert Galisson, le 1er février 2020, en tant que son étudiante, j'ai cherché, dans « Des mots pour communiquer»  et dans «Dictionnaire de compréhension et de production des expressions imagées», des  expressions  moins douloureuses. Malheureusement, parmi les 13 expressions que Galisson propose, je n'en ai trouvé aucune.

Mais pendant deux jours, je n'ai laissé de chantonner «Quand il est mort le poète». Et finalement,  voilà un mot que ma mémoire m'a imposée  et qui définit, pour moi, Robert Galisson: un poète, même si j'ignore s'il a écrit des poèmes. Il savait lire ses textes comme s'il lisait  de la poèsie. En effet, il déclinait la dimension démonstrative de sa pensée didactologique dans une prose fort poétique. Et avoir eu l'occasion de l'entendre lire, sur fond de Mozart ses textes, dans un temps où il s'est laissé séduire par la suggestopédie, ou même,  dans la dernère rencontre didactique, où j'ai cru comprendre (ou plutôt craindre) que c'était la dernière fois que j'entendais sa voix, a été un énorme privilège.
     Il avait la sensibilité d'un artiste, d'un poète et il savait éveiller chez ses disciples cette envie d'être créatifs et de courir des risques. Francis Yaiche manifeste le sentiment de peine de le voir partir, parlant de la façon dont Galisson l'a incentivé à faire une thèse sur les simulations globales. Moi... quel directeur de recherche aurait accepté que je m'engage sur deux projets de thèse sur la communication non verbale? Aujourd'hui, il y a déjà des thèses dans notre domaine  qui s'intéressent à la multimodalité, mais à l'époque qui oserait s'engager sur cette «dimension» souvent «cachée» de la communication? Et bien un maître de la communication verbale, de «l'information»,  mais aussi un maître de la «relation». 

En  2002, dans le  numéro 10 de la Revue  Intercompreensão, à la suite d'un Colloque  en son hommage,  j'écrivais:

«Sa réflexion et son action sur le statut de la discipline «Didactologie des langues cultures», sa sensibilité à l'articulation entre langues-cultures, en s'interrogeant sur les différentes formes de culture qui contribuent à l'universalité de la culture des hommes, son côté militant contre toute forme d'intolérance, son acceptation de l'innovation, son enthousiasme généreux dans les relations humaines, son respect vis-à-vis  des autres, son extrème lucidité et modéstie font de Robert Galisson l'exemple du maître  que les étudiants aiment suivre. Et l'ami que l'on aime avoir».





En 2016, avec Jacques Cortès et d'autres auteurs, la revue Synergies Portugal a voulu rendre hommage à Robert Galisson. J'ai voulu montrer dans mon article ce que la formation des enseignants de français ( FLE) au Portugal  ou plutôt  des langues (D-DL-C) doit à Robert Galisson.


«Adieu Monsieur le Professeur»! On ne vous oubliera jamais puisque vos ouvrages seront dans  nos bibliographies et l'image de votre cape (comme disait Teresa Sousa qui souhaitait qu'elle vous protège) nous accompagne. À suivre une bibliographie sélective  de Robert Galisson,  destinée à la formation des   enseignants portugais (et autres).

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Publicação de Synergies Portugal 6 Interactions culturelles et transversalité : le Portugal et les francophonies

Entretida com a pintura, fui deixando, na lista de livros e revistas para ler, o número 6 de Synergies Portugal, disponível desde maio 2019,  o que é imperdoável. Primeiro, porque a criação  e a responsabilidade editorial da revista Synergies Portugal,  constituiram  enormes desafios que preencheram perto de 6 anos da minha vida, acompanhada por uma grande equipa. Ao aceitar o convite do Professor Jacques Cortès de estender a rede de revistas do GERFLINT a Portugal, tive a oportunidade  de integrar uma nova rede, reunindo colegas e amigos que me acompanharam ao longo de muitos anos, vindos de muitas áreas geográficas e disciplinares. Em segundo lugar, porque, desta rede de amigos saiu a nova responsável editorial, a professora Ana Clara Santos, tendo saído também grande parte das comissões. E até sou co-presidente a partir do número 5, uma honra! E estou  acompanhada pelo Professor Robert Galisson!
É com grande admiração e muita alegria  (que não posso deixar de sentir e exprimir) que dou os parabéns à amiga Ana Clara Santos por ter dado continuidade a um projeto meu. Muito bonito, os meus agradecimentos e os meus parabéns! Como é evidente, a mudança editorial, a partir do número 5 (eu tinha aceitado o desafio de 4 números, tendo «fechado a minha atividade» com um número em homenagem ao Professor Robert Galisson)   implicou  uma mudança «disciplinar». A  didatologia das línguas culturas, disciplina de que se reclamava a revista (mas que promovia o diálogo com outras disciplinas), passou a ser uma sub-área, alargando-se o âmbito da Revista, sem que se perdesse «la finalité suprême la défense de l’humanisme et du dialogue des langues et des cultures».  Portanto, não posso deixar de me congratular com a continuidade do projeto.      

 Parabéns, também, por este número da revista, coordenado pelas Professoras Ana Clara Santos e Cristina Robalo Cordeiro,  subordinado ao título  Interactions culturelles et transversalité : le Portugal et les francophonies. Número muito interessante que nos permite  compreender o passado das interações culturais, para se poder olhar para o futuro, mantendo a visão humanista que a nossa sociedade deveria preservar. Convido os leitores  a percorrer o caminho que nos é traçado. Terão algumas surpresas! Eu, entre outras, descobri, através do «compte-rendu» de José de Faria Costa, que a Cristina Robalo Cordeiro é autora do livro

«Fuga marroquina», publicado em 2016. Coimbra: edições Minerva »
«Fugue marrocaine», publicado em 2017.Coimbra: PMP.

Aceitei, imediatamente, o convite para a leitura. Só me falta ir à livraria.   

   


         

Nonverbal communication (space) in classroom 1

D idática das línguas-culturas, supervisão e comunicação multimodal «Ver para crer» ou… ver para pensar, comunicar e agir in Paixão, F, Regi...