Espanta-me a necessidade de quantificar o que não é quantificável! Pretender que todas as criancinhas no 1º ano leiam 55 palavras por minuto (ver recentes metas do ME) assusta-me. O meu filho até talvez tivesse sido capaz, como certamente os filhos,sobrinhos, netos de quem teve tal ideia. Mas há investigação sobre leitura em Portugal! Inês Sim-Sim, Maria João Freitas, Leopoldina Viana, por exemplo, que estiveram envolvidas no PNEP (Programa com implicações nas aprendizagens do Português - não, não foi só o Plano Nacional de Leitura!) Não quero dizer que os autores do documento não sejam investigadores, mas... já deram aulas ou assistiram ao que se passa nas escolas, no 1º ciclo, hoje ? No jornal Público, é apresentada uma investigação de Dulce Gonçalves que põe em evidência as diferenças entre crianças na velocidade de leitura. Já viram a pressão sobre os pais... e sobre as crianças...e então os professores! Já pensaram em enviar cronómetros para as escolas! É evidente que todas as crianças têm de aprender a ler para compreender e depressa... a minha avó e a minha mãe ensinaram muitas! Mas felizmente não contaram as palavras que eu lia, nem as que os outros meninos liam! Metas são necessárias (até já estavam bem feitas!), há descritores de desempenho que podem ajudar como referência, mas isto é «terrorismo dos números» (Expressão de Bachelard transposta para a leitura!)
Blogue de professora de didáctica das línguas, de análise do discurso dos média, de comunicação, de mediaculturas... com «aulas virtureais»... e alguns desabafos.
Mostrar mensagens com a etiqueta aulas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta aulas. Mostrar todas as mensagens
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Os Blogues, o eu, o Outro e deslocalização
No Editorial falei sobre o eu e o Outro nos blogues.
Por que criei um blogue? Confesso. Para desabafar. Estava magoada como que se passava no mundo real (cf. o narcisismo dos blogues nos primeiros tópicos abordados e a referência a Granieri), mas também como instrumento de relação com os outros, de «dádiva».
Creio que, neste momento, é a partilha o que está a determinar a escrita neste blogue. É a função de professora que me mantém ligada à escrita, aqui e agora. Saber que este blogue é seguido, talvez por alguns meus alunos, lido não só por alunos, mas leitores em Portugal, muitos nos Estados Unidos, no Canadá, em França, na Rússia... Quem serão os meus destinatários? Posso imaginar pela selecção dos blogues lidos... O artigo «A Relíquia e o Ipad» está no Top.
Mas este blogue está no princípio. E como vou iniciar aulas presenciais, vou passar para este blogue alguns documentos de trabalho.
Por que criei um blogue? Confesso. Para desabafar. Estava magoada como que se passava no mundo real (cf. o narcisismo dos blogues nos primeiros tópicos abordados e a referência a Granieri), mas também como instrumento de relação com os outros, de «dádiva».
Creio que, neste momento, é a partilha o que está a determinar a escrita neste blogue. É a função de professora que me mantém ligada à escrita, aqui e agora. Saber que este blogue é seguido, talvez por alguns meus alunos, lido não só por alunos, mas leitores em Portugal, muitos nos Estados Unidos, no Canadá, em França, na Rússia... Quem serão os meus destinatários? Posso imaginar pela selecção dos blogues lidos... O artigo «A Relíquia e o Ipad» está no Top.
Mas este blogue está no princípio. E como vou iniciar aulas presenciais, vou passar para este blogue alguns documentos de trabalho.
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Nonverbal communication (space) in classroom 1
D idática das línguas-culturas, supervisão e comunicação multimodal «Ver para crer» ou… ver para pensar, comunicar e agir in Paixão, F, Regi...
-
La Cage Dorée - bande annonce por TheDailyMovies Un film plein de stréréoypes des Portugais et des Français présentés et exploités av...
-
Encontro sobre Supervisão e Avaliação na vida das Escolas Vai decorrer na ESE de Castelo Branco , nos dias 8 e 9 de junho. A organizaçã...
-
As formas de tratamento em Português são complicadas. Talvez por isso a televisão começou a tratar o telespectador por «você» e agora uma r...