Com este título vou ter o máximo de leitores possível... É verdade... as provas finais estão a formatar as práticas dos professores, os manuais escolares e outros recursos pedagógicos. Basta percorrer as estantes das livrarias ou folhear cadernos de alunos para nos darmos conta desse desvio... «Professora, nós precisamos de treinar aquelas 4 perguntas para termos logo os 4 valores». Contextualizando... trata-se do pedido de alunos do 12º ano a professores de Português, em relação às questões de verdadeiro/falso, escolha múltipla, preenchimento de espaços, presentes em todas as provas.
Com os maus resultados deste primeiro período, os alunos vão ter de «treinar», em turmas especiais. E qual é o remédio? Fazer «provas finais». Há cadernos de todas as editoras!
E, assim, distribuindo provas finais para preencher, podemos ter 30 ou mesmo 50 alunos por turma!
E será preciso formar professores? Não, claro!. Só leitores de soluções!
O behaviorismo está aí outra vez! «Tantos exercícios vão fazendo que hão de ter bons resultados! Até pode ser que adivinhem as questões dos testes que começam a ser previsíveis!»
Mas formar não é levar a gerir a imprevisibilidade! Onde está a aprendizagem? No «treino»? Também, mas só?
Será isto o que os decisores políticos desejam? Enquanto há tempo pensem! Os resultados do Pisa e PIRLS até não foram assim tão maus... mas isto foi antes da «didática das provas finais»! Graças aos professores (cf Crónica de Santana Castilho).
Professores! Formar é muito mais do que treinar alunos para fazerem provas finais!
Investigadores! Impõe-se fazer investigação não tanto sobre o que os professores/alunos pensam mas sobre o que fazem e como o fazem. A Didática é uma disciplina de problematização - temos, neste momento, muitos problemas, num contexto problemático - o que implica conceptualização, análise de práticas, materiais, da comunicação... para intervir, melhorar. A Escola precisa de investigadores em Didática das Línguas-Culturas!
Com os maus resultados deste primeiro período, os alunos vão ter de «treinar», em turmas especiais. E qual é o remédio? Fazer «provas finais». Há cadernos de todas as editoras!
E, assim, distribuindo provas finais para preencher, podemos ter 30 ou mesmo 50 alunos por turma!
E será preciso formar professores? Não, claro!. Só leitores de soluções!
O behaviorismo está aí outra vez! «Tantos exercícios vão fazendo que hão de ter bons resultados! Até pode ser que adivinhem as questões dos testes que começam a ser previsíveis!»
Mas formar não é levar a gerir a imprevisibilidade! Onde está a aprendizagem? No «treino»? Também, mas só?
Será isto o que os decisores políticos desejam? Enquanto há tempo pensem! Os resultados do Pisa e PIRLS até não foram assim tão maus... mas isto foi antes da «didática das provas finais»! Graças aos professores (cf Crónica de Santana Castilho).
Professores! Formar é muito mais do que treinar alunos para fazerem provas finais!
Investigadores! Impõe-se fazer investigação não tanto sobre o que os professores/alunos pensam mas sobre o que fazem e como o fazem. A Didática é uma disciplina de problematização - temos, neste momento, muitos problemas, num contexto problemático - o que implica conceptualização, análise de práticas, materiais, da comunicação... para intervir, melhorar. A Escola precisa de investigadores em Didática das Línguas-Culturas!
Sem comentários:
Enviar um comentário