quarta-feira, 16 de novembro de 2016

ASSISES D’UN PROGRAMME MULTIMODAL (ET) ACTIONNEL DE FORMATION D’ENSEIGNANTS DE FLE



Foi publicado na Revista Carnets  o meu  artigo  ASSISES D’UN PROGRAMME MULTIMODAL (ET) ACTIONNEL DE FORMATION D’ENSEIGNANTS DE FLE  com proposta de programa de formação de professores de francês. Retoma comunicação apresentada nas Assises du Français, organizadas pela APEF.

«Dans cet article, qui reprend une communication orale, j’adopterai un format narratif et dialogal proche de celui de la situation initiale d’énonciation, étant donné le caractère programmatique de ce texte. Je commence donc par un témoignage personnel qui me permettra, tout d’abord d’une façon naïve, d’exemplifier les termes clés de cet article et ensuite d’expliciter les assises du programme de formation que je propose à l’APEF, un programme multimodal et actionnel».

10 Réflexions :

Une première réflexion Un programme de formation continue des enseignants de français, dans ma conception, est un programme en Didactique des Langues-Cultures.
Deuxième réflexion : le PEPELF constitue un référentiel pour la formation
Troisième réflexion (qui découle de la précédente) Une formation, aujourd’hui, ne peut être que de type actionnel dans et pour l’éducation aux et par les langues-cultures.
Quatrième réflexion : l’agir est multimodal
Cinquième réflexion La formation, aujourd’hui, se doit d’être délocalisée à travers une démarche de b-learning.
Sixième réflexion (en articulation avec la précédente) La classe de langue doit tenir compte des changements temporels et spatiaux de notre société.
Septième réflexion (qui découle de la précédente) : Apprendre avec les autres dans d’autres espaces
Huitième réflexion Je viens de présenter une démarche : la vidéoformation – qui consiste en l’introduction de la simulation à l’intérieur du dispositif de formation. Le stagiaire apprend à jouer des rôles. C’est en tout cas ma proposition en ce qui concerne la façon d’organiser la formation.
Neuvième réflexion Cette réflexion porte sur l’organisation de séquences et l’organisation des contenus du programme de formation.
Dixième réflexion : la narrativité La narrativité est l’une des règles des discours médiatiques, ce n’est pas par hasard qu’il s’agit d’un format biblique, de la tradition orale de tous les coins du monde, un universel culturel. Or, la classe connait peu ce format...

 http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/14524.pdf


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O "interessante e o demonstrativo" nos discursos académicos multimodais



Definição de conceitos: literacia (operações cognitivas e discursivas, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica),  multimodalidade, literacias multimodais;







Reflexão sobre o perfil de licenciado, de mestre e de doutor (Decreto- Lei 74-2006) a partir de corpus multimodal. 



Mestrado
O grau de mestre é conferido aos que demonstrem:
Possuir conhecimentos e capacidade de compreensão a um nível que (…) permitam e constituam a base de desenvolvimentos e ou aplicações originais, em muitos casos em contexto de investigação (…)
Capacidade para integrar conhecimentos, lidar com questões complexas, desenvolver soluções ou emitir juízos em situações de informação limitada ou incompleta (…);

d) Ser capazes de comunicar as suas conclusões, e os conhecimentos e raciocínios a elas subjacentes, quer a especialistas, quer a não especialistas, de uma forma clara e sem ambiguidades»

E então? Como se explicam estes casos?

(modalidades inadequadas, citações descontextualizadas...)

a)      Os gestos dos professores são muito importantes na aula de língua, por isso  desenvolvemos este projecto porque os professores devem fazer muitos gestos…
b)      Dada a importância das  tecnologias, achamos/ acreditamos/ pensamos que devem ser utilizadas na sala de aula. O nosso projecto pretende mostrar que os alunos aprendem melhor com o uso do quadro interactivo multimédia.
c)       Neste aspeto, o caso francês é diferente do inglês. Enquanto em Inglaterra a ascendência cultural provoca o respeito desusado pela privacidade, em França produz efeitos distintos. As pessoas estão muito mais ligadas umas às outras, quer devido à densidade populacional , quer pela relação que têm com o espaço (cfr Fast, 2001: 36-42) 
d)      Os autores X e Y colocam a hipótese do quadro interactivo multimédia contribuir para o desenvolvimento da competência comunicativa. Assim, nós vamos provar que os alunos descobrem com muito mais facilidade as regras de funcionamento da língua com esta tecnologia (…)  Como conclusão do nosso estudo (…) os professores devem utilizar quadros interactivos multimédia.
e)      António Damásio considera que a emoção está ligada à razão, daí que o jogo seja a actividade mais adequada para a aprendizagem.
f)       Na sequência de Galisson, Coste  (1976), define-se a competência comunicativa como «o conhecimento de regras  psicológicas, culturais e sociais que regulam a utilização da fala num contexto social». Sendo a sala se aula um contexto social, deve-se desenvolver a competência comunicativa dos alunos. Como as crianças gostam de jogos, com a nossa tese vamos apurar/mostrar como utilizar jogos para o desenvolvimento da competência comunicativa das crianças.   
g)      Cada ser humano tem que aprender o significado do silêncio dos outros, cada professor deve «criar silêncio» para conhecer ou tentar interpretar as atitudes dos alunos (…) Torna-se, então, evidente que as linguagens não verbais, bem como a habilidade de emitir ou receber sinais não verbais, estão intimamente relacionadas com a actuação do professor e dos alunos no contexto educacional, mais especificamente dos professores de línguas uma vez que, segundo Ferrão Tavares (1991:6) «la dimension non verbale semble jouer un rôle plus déterminant que dans d’autres disciplines, puisque l’objectif est de faire développer chez les apprenants une compétence de communication».
h)      As linguagens não verbais, assumem por isso, uma grande relevância na medida em que contribuem para uma maior percepção do estado dos nossos interlocutores. É  bom  não olvidar que as palavras desempenham um pensamento central no desenvolvimento do pensamento e na evolução histórica     da consciência. A este propósito Vigotsky salienta que «uma palavra é um microcosmos da consciência humana« (1996:60)
i)        A postura física de uma pessoa ecoa noutra com uma frequência espantosa. A forma como nos posicionamos transmite aos outros o nosso interesse em estabelecer contacto e em saber ou não o que eles têm para dizer. Por vezes, as posturas que tomamos são bastante relevantes, ao ponto de levar o interlocutor a afastar-se de nós, pelo simples facto de estarmos a dizer uma coisa por meio de palavras e deixar transparecer outra pela linguagem gestual (cf…) 
j)      Piaget não tem razão quando descreve as fases do desenvolvimento (Ferrão Tavares…)
l)      Vigotsky refere que a televisão contribui para o desenvolvimento da zona potencial de aprendizagem (Ferrão Tavares...) 


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Congresso Língua e Cultura Portuguesas Memória, inovação e diversidade. Dias 18 e 19 de novembro Congresso Língua e Cultura Portuguesas Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Neste Congresso vou apresentar, a convite da organização, uma comunicação intitulada: O "interessante e o demonstrativo" nos discursos académicos multimodais. Na linha de  «aulas ao contrário», convidam-se os participantes a ler  L’intéressant et le démonstratif : à propos des zones de proximité des communications médiatiques et académiques, em Synergies Europe, nº10, em homenagem a Louis Porcher.

Vou preparar aqui esta comunicação. Trata-se de um rascunho, característica das  mensagens dos blogues.


Plano:

1. Definição de conceitos: literacia (operações cognitivas e discursivas, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica),  multimodalidade, literacias multimodais;
2.Reflexão sobre o perfil de licenciado, de mestre e de doutor (Decreto- Lei 74-2006) a partir de corpus multimodal. 

Desenvolvimento:

1. Definição de conceitos: literacia (operações cognitivas e discursivas, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica),  multimodalidade, literacias multimodais


Literacia como capacidade de ler o mundo e de agir em conformidade


Plateforme de ressources et de références pour l’éducation plurilingue et interculturelle
Les langues dans les autres matières
http://www.coe.int/t/dg4/linguistic/langeduc/BoxD2-OtherSub_fr.asp





Modalidade
Ver programas do 12ª Ano 

http://www.analyse-du-discours.com/les-modalisateurs





Aula sobre multimodalidade

O cérebro é multimodal: neurónios espelho e fenómenos de eco

Huc,P. Vincent-Smith,B. (2012). Neurodidactique des langues étrangères/secondes : Incidences et perspectives pédagogiques. Congrès Mondial de Sciences de l’Education. Reims


Cosnier, J. (2008). La communication, état des savoirs. Editions Sciences Humaines. Recuperado em 6 de julho, 2016, de http://icar.univ-lyon2.fr/membres/jcosnier/articles/VI-8_EmpathieinEtats%20Savoirs2008.pdf


 2.Reflexão sobre o perfil de licenciado, de mestre e de doutor (Decreto- Lei 74-2006) a partir de corpus multimodal 



Mestrado
O grau de mestre é conferido aos que demonstrem:
Possuir conhecimentos e capacidade de compreensão a um nível que (…) permitam e constituam a base de desenvolvimentos e ou aplicações originais, em muitos casos em contexto de investigação (…)
Capacidade para integrar conhecimentos, lidar com questões complexas, desenvolver soluções ou emitir juízos em situações de informação limitada ou incompleta (…);

d) Ser capazes de comunicar as suas conclusões, e os conhecimentos e raciocínios a elas subjacentes, quer a especialistas, quer a não especialistas, de uma forma clara e sem ambiguidades»


E então? Como se explicam estes casos?

(modalidades inadequadas, citações descontextualizadas...)

a)      Os gestos dos professores são muito importantes na aula de língua, por isso  desenvolvemos este projecto porque os professores devem fazer muitos gestos…
b)      Dada a importância das  tecnologias, achamos/ acreditamos/ pensamos que devem ser utilizadas na sala de aula. O nosso projecto pretende mostrar que os alunos aprendem melhor com o uso do quadro interactivo multimédia.
c)       Neste aspeto, o caso francês é diferente do inglês. Enquanto em Inglaterra a ascendência cultural provoca o respeito desusado pela privacidade, em França produz efeitos distintos. As pessoas estão muito mais ligadas umas às outras, quer devido à densidade populacional , quer pela relação que têm com o espaço (cfr Fast, 2001: 36-42) 
d)      Os autores X e Y colocam a hipótese do quadro interactivo multimédia contribuir para o desenvolvimento da competência comunicativa. Assim, nós vamos provar que os alunos descobrem com muito mais facilidade as regras de funcionamento da língua com esta tecnologia (…)  Como conclusão do nosso estudo (…) os professores devem utilizar quadros interactivos multimédia.
e)      António Damásio considera que a emoção está ligada à razão, daí que o jogo seja a actividade mais adequada para a aprendizagem.
f)       Na sequência de Galisson, Coste  (1976), define-se a competência comunicativa como «o conhecimento de regras  psicológicas, culturais e sociais que regulam a utilização da fala num contexto social». Sendo a sala se aula um contexto social, deve-se desenvolver a competência comunicativa dos alunos. Como as crianças gostam de jogos, com a nossa tese vamos apurar/mostrar como utilizar jogos para o desenvolvimento da competência comunicativa das crianças.   
g)      Cada ser humano tem que aprender o significado do silêncio dos outros, cada professor deve «criar silêncio» para conhecer ou tentar interpretar as atitudes dos alunos (…) Torna-se, então, evidente que as linguagens não verbais, bem como a habilidade de emitir ou receber sinais não verbais, estão intimamente relacionadas com a actuação do professor e dos alunos no contexto educacional, mais especificamente dos professores de línguas uma vez que, segundo Ferrão Tavares (1991:6) «la dimension non verbale semble jouer un rôle plus déterminant que dans d’autres disciplines, puisque l’objectif este st de faire développer chez les apprenants une compétence de communication».
h)      As linguagens não verbais, assumem por isso, uma grande relevância na medida em que contribuem para uma maior percepção do estado dos nossos interlocutores. É  bom  não olvidar que as palavras desempenham um pensamento central no desenvolvimento do pensamento e na evolução histórica     da consciência. A este propósito Vigotsky salienta que «uma palavra é um microcosmos da consciência humana« (1996:60)
i)        A postura física de uma pessoa ecoa noutra com ma frequência espantosa. A forma como nos posicionamos transmite aos outros o nosso interesse em estabelecer contacto e em saber ou não o que eles têm para dizer. Por vezes, as posturas que tomamos são bastante relevantes, ao ponto de levar o interlocutor a afastar-se de nós, pelo simples facto de estarmos a dizer uma coisa por meio de palavras e deixar transparecer outra pela linguagem gestual (cf…) 
j)      Piaget não tem razão quando descreve as fases do desenvolvimento (Ferrão Tavares…)
l)      Vigotsky refere que a televisão contribui para o desenvolvimento da zona potencial de aprendizagem (Ferrão Tavares...) 

Ou os problemas seguintes nas apresentações

.


Ver outros exemplos com estudos de eye tracking  aqui

Congresso Língua e Cultura Portuguesas Memória, inovação e diversidade. Dias 18 e 19 de novembro. Universidade Lusófona

Vou coordenar uma mesa-redonda neste Congresso



Programas e Metas Curriculares de Português nos Ensinos Básico e Secundário
Apresentação e Coordenação da Associação de Professores de Português (APP)
Edviges Antunes Ferreira; Filomena Viegas; Luís Filipe Redes & Teresa Cunha 
Debate
Moderadora: Clara Ferrão (ESE de Santarém)

Para que a mesa-redonda não se limite a apresentação de comunicações, agradecia a participação de todos os colegas. Poderão colocar perguntas ou discutir pequenos tópicos ligados à temática. Vou encarregar-me de estruturar os vossos contributos  e procurarei continuar AQUI o debate. 

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

VI SIMELP SIMPÓSIO MUNDIAL DE ESTUDOS DA LÍNGUA PORTUGUESA

Vai realizar-se na Escola Superior de Educação de Santarém  o VI  SIMELP  (SIMPÓSIO MUNDIAL DE ESTUDOS DA LÍNGUA PORTUGUESA)

Escola Superior de Educação Instituto Politécnico de Santarém 24-28 de outubro de 2017

Chamada de artigos para o  SIMPÓSIO 30 – LITERACIAS ACADÉMICAS MULTIMODAIS  
http://simelp.ese.ipsantarem.pt/simposio-30/

Resumo do Simpósio

LITERACIAS ACADÉMICAS MULTIMODAIS


Coordenadora:
Clara Ferrão Tavares | Instituto Politécnico de Santarém GERFLINT (Groupe d’études et de recherches pour le français langue internationale) | ferrao.clara@gmail.com

Resumo:
A multimodalidade é uma das características da ação e da comunicação sobre a ação e na ação. Pensamos e falamos com o corpo. O gesto precede a verbalização e, quando nos «falta» um vocábulo, as nossas mãos e o nosso corpo «vão à sua procura», na memória, através de gestos de natureza ilustrativa e metafórica, sem que, frequentemente, tenhamos consciência desse processo multimodal. A diversidade de modos de processar a informação e comunicar, nos nossos dias, implica uma complexificação desse processo.
As tarefas de comunicação académicas e profissionais que implicam a interação dos indivíduos com as tecnologias geram efeitos neurológicos, cognitivos, afectivos, relacionais, empáticos… que, nem sempre, estarão a ser equacionados na formação de professores e outros profissionais da comunicação. As alterações no tempo e no espaço que se estão a produzir modificam as condições de enunciação dos discursos multimodais que se desenrolam, frequentemente em simultâneo, sob forma contraída e deslocalizada, sem que a Escola se tenha adaptado a essas mudanças e antecipado os efeitos por elas produzidos, também de natureza multimodal, nos novos públicos.
Com efeito, o termo «multimodalidade», aparece raramente em programas de unidades curriculares do ensino superior. No entanto, os estudantes devem adquirir «competências que lhes permitam comunicar informação, ideias, problemas e soluções, tanto a públicos constituídos por especialistas como por não especialistas» (Decreto-Lei 74/2006) ou, por outras palavras, desenvolver uma literacia multimodal. Em situações de defesa ou de apresentação pública de trabalhos académicos, nem sempre há sinais evidentes de que os estudantes tenham desenvolvido suficientemente essas competências. Além disso, nas situações de procura de emprego, os estudantes revelam dificuldades na adoção de formatos multimodais exigidos pelos empregadores.
Neste Simpósio, procurar-se-á responder às questões seguintes:
  • em que consiste a multimodalidade?
  • quais as marcas de multimodalidade nos discursos académicos?
  • como desenvolver a literacia multimodal dos estudantes do ensino superior?
Convidamos os interessados a submeter, até ao dia 15 de novembro de 2016, propostas de trabalhos, na modalidade de comunicação oral ou de poster. As normas vão estar disponíveis no site do Simpósio.


Congresso Língua e Cultura Portuguesas- Universidade Lusófona

Congresso Língua e Cultura Portuguesas- Universidade Lusófona
Dias 18 e 19 de novembro 


O "interessante e o demonstrativo" nos discursos académicos multimodais
Ferrão Tavares
Instituto Politécnico de Santarém
GERFLINT-Groupe d’études et recherchespour le français langue international
Synergies Portugal
ferrao.claragmail.com
Resumo
A apresentação de trabalhos escolares com recurso a power point ou outro dispositivo multimédia é uma prática corrente, tanto nos ensinos básico e secundário, como no ensino superior. No entanto, nem todos  os estudantes, mesmo de mestrado, dominam eficazmente a competência prevista na alínea d) do Decreto-Lei 74/2006: «Ser capazes de comunicar as suas conclusões, e os conhecimentos e raciocínios a elas subjacentes, quer a especialistas, quer a não especialistas, de uma forma clara e sem ambiguidades», recorrendo, quase sempre, a esses dispositivos multimodais.
Essa dificuldade deriva, especialmente, do facto dos estudantes não distinguirem o “interessante” do “demonstrativo”  e de não se aperceberem (porque este conteúdo é raramente objeto de ensino) da multimodalidade  das situações escolares (e de outras) e dos discursos, também eles multimodais, produzidos nessas situações.
A constatação destas dificuldades e a necessidade de desenvolver investigação com implicações na resolução destes problemas que encontravamos no âmbito da nossa atividade de professora e de orientadora ou de membro de júris de provas públicas, levaram-nos à coordenação de  vários projetos de investigação, de tipo etnográfico, sobre a problemática da multimodalidade em contextos académicos e mediáticos e sobre as “zonas de proximidade” entre os dois contextos.
Não vamos, no âmbito desta  comunicação, apresentar esses projetos de investigação, que foram aliás objeto de publicação ( Ferrão Tavares, 2007, 2009, 2013, por exemplo). Vamos, antes, fazer uma síntese resultante dessas investigações,  no sentido de evidenciar as componentes de uma «sintaxe multimodal». 
Estes dois problemas registados nas práticas académicas constituem o objeto das duas primeiras partes desta comunicação. Numa primeira parte,  propomos uma explicitação do título desta comunicação que é efetivamente uma paráfrase, num  contexto diferente, do título de um artigo de Louis Porcher, de 1985,  ,«L’intéressant et le démonstratif : à propos du statut de la didactique des langues et des cultures», publicado na revista Études de Linguistique Appliquée nº60. Num segundo momento,  procederemos  a uma  caracterização do conceito de multimodalidade, para mostrar as interações entre corpo, dispositivo tecnológico, meios icónicos e linguísticos.  Distinguiremos alguns elementos de coerência dos discursos multimodais, nomeadamente, metáforas e palimpsestos verbais e ícónicos, marcas verbais e não verbais de operações cognitivas e discursivas (definir, comparar, parafrasear, criticar…). Mostraremos como o corpo se integra no dispositivo multimodal, interagindo com as componentes icónicas e linguisticas, num tempo e num espaço determinados.  Procuraremos   mostrar como as tarefas de comunicação académicas e  profissionais,  com (ou sem)  recurso às tecnologias,  geram efeitos neurológicos, cognitivos, afectivos, relacionais, empáticos…  ou seja multimodais que, nem sempre,  são equacionados na aula de Português». Analisaremos alguns exemplos extraídos de comunicações profissionais apresentadas em dispositivos públicos (como as conferências TED) e de apresentações escolares disponíveis na Internet. Na sequência  da nossa abordagem, procuraremos,por fim,  mostrar como as línguas interagem com as outras disciplinas escolares, na linha proposta pelos estudos promovidos pelo Conselho da Europa,  no sentido de uma educação plurilingue e pluricultural (Beacco et al. 2010).

Esta comunicação situa-se no prolongamento do artigo:

http://gerflint.fr/Base/Europe10/ferrao_tavares.pdf


quinta-feira, 28 de julho de 2016

terça-feira, 26 de julho de 2016

Enseigner le Français dans le Monde, Le livre blanc de la FIPF

Le livre blanc de la FIPF vient de paraitre dans une publication du GERFLINT http://gerflint.fr/Base/Essais_francophones/essais_francophones_3_livre_blanc_fipf-1.pdf
(Espero que no Facebook não apareça uma imagem diferente. Se alguém me explicar o que está a acontecer, agradeço).

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Robert Galisson et Synergies Portugal 4

Synergies Portugal 4 est dédiée à Robert Galisson.

Da  didactique des langues vivantes    au Portugal célèbre son 40 e anniversaire en 2017. (Son affirmation dans le cadre de l'enseignement universitaire  est plus récente). La « didactique  des langues vivantes  » est née  dans le premier (je crois) séminaire organisé  dans le cadre de  la formation professionnelle d’enseignants de l’enseignement de base et  du secondaire du Ministère de l’Éducation, par l'Ambassade de France.
En 1977, Robert Galisson et Evelyne Bérard  ont encadré ce premier stage de formateurs intitulé D’hier à aujoud’hui la Didactique du FLE qui réunissait les formateurs de français et de portugais et les formateurs de l’enseignement de base et ceux du secondaire dans le même espace : un hôtel à Espinho. C’est  cet événement le moment de la constitution informelle  de ce qui allait devenir la Didactique ou la Didactologie des Langues-Cultures au Portugal.  Ce stage qui réunissait  des formateurs et des responsables de politique linguistique, auteurs de programmes et de manuels  a  eu effectivement des « implications » dans l’enseignement du français (et du portugais et des autres langues étrangères, voire les travaux de Isabel Alarcão, notamment). Dans sa valise, Robert Galisson apportait le Dictionnaire de Didactique des Langues, récemment publié, et D'hier à aujourd'hui la didactique des langues, en brouillon. 

Voilà pourquoi un hommage à Robert Galisson, au Portugal, est pleinement justifié, cettte année.

Vous trouverez l'Appel dans le site de Synergies Portugal. 

O acordo ortográfico e EU



Um comentário naïf sobre a minha maneira de escrever. Deveria escrever sempre a respeitar o acordo, pelo menos é o que está legislado,  e  eu procuro cumprir a lei, mas...

- utilizo registos  (utilizações pessoais da língua) em função dos meus interlocutores e das representações que tenho destes e da relação destes com o Acordo. Assim, dirijo-me ao «Arquitecto» que não terá visto a sua licenciatura ser retirada... E como foi em Arquitectura! Sinto que estaria a insultá-lo!  No entanto, já me habituei a escrever Didática.
 Não  utilizo o Acordo quando escrevo ao Sr. Professor Coimbra, professor do 1ª ciclo aposentado, a desempenhar cargos importantes, porque me fez exame da 4ª classe e poderia achar que me deveria ter reprovado. Além disso, foi grande amigo da minha Mãe (e Professora) e poderia enviar-lhe uma mensagem (em pensamento só, infelizmente). Será que eu utilizaria o novo acordo ao escrever à minha mãe?
- utilizo o acordo quando escrevo no blogue ou em artigos, no computador, mas, ontem, dei-me conta de um caso espantoso: Tive de escrever à mão o «regulamento» de  minha casa de férias. Um longo texto... e aí, ou riscava ou reescrevia o texto, porque escrevi como antigamente. Perdemos o hábito de escrever textos longos à mão! Mas a mão está articulada com a memória...
Tenho referências mais credíveis nos meus artigos, mas deixo aqui explicações naïves do meu duplo modo de funcionamento.

http://mashable.com/2015/01/19/handwriting-brain-benefits/#sLmeJtL34EqV
http://www.nytimes.com/2014/06/03/science/whats-lost-as-handwriting-fades.html?_r=1

Hommage à Louis Porcher- Synergies Europe 10

Un numéro en hommage à Louis Porcher a été publié dans la revue Synergies Europe Nº 10.

Je vous invite à lire mon article:

L’intéressant et le démonstratif : à propos des zones de proximité des communicationsmédiatiques et académiques

«Louis Porcher publie, en 1985, un article intitulé « L’intéressant et le démonstratif :à propos du statut de la didactique des langues et des cultures », (pré)texte àprovocation intellective, dans la mesure où ses recherches et ses réflexions sepenchent alors, de façon résolues, sur les interrelations entre l’école, les médiaset la culture. Dans le cadre de ces interrelations, Louis Porcher souligne autant laportée comme la force des modes et des modalités de la communication non verbale,laquelle est répandue dès lors de façon décisive dans et par les médias, notammentau sein de la communication académique. En 2015, qu’en est-il de l’intéressant etdu démonstratif en matière des interrelations des communications médiatiques etacadémiques ? Pour répondre à cette question, et prenant appui à la fois sur leditarticle de Louis Porcher, sur la première partie, intitulée « DIDACTIQUE : pour labeauté du geste ? », de son ouvrage Geste et communication (1989) et sur son livreTélévision, culture, éducation (1994), je présente dans cet article les fils conducteursque me suis efforcée de tisser dans mon parcours de recherche en éducationaux et par les langues-cultures et les médias.
Mots-clés : convergence, démonstratif, geste, intéressant, multimodalité, médias,zones de proximité»

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Le non verbal. Thèse récente de Barrière-Boizumault,M.

La communication non verbale et la communication multimodale  constituent mes thèmes de prédilection en ce qui concerna la recherche et la formation (1). Ayant soutenu deux thèses,  dans les années 80,  sur la dynamique interactionnelle en classe  et le rôle du non verbal dans cette dynamique, j'ai toujours été surprise du manque d'intérêt des chercheurs en Didactique des Langues.-Cultures et en formation des enseignants sur cette problèmatique.
  
Je viens de lire une thèse sur le sujet qui actualise  les références concernant cette thématique, soutenue en 2013, de Magali Barrière-Boizumault. 

  Magali Barrière-Boizumault. Les communications non verbales des enseignants d’Education Physique et Sportive : Formes et fonctions des CNV, croyances et r´ealisation effective des enseignants, ressenti des effets par les élèves. Education. Université Claude Bernard - Lyon I, 2013. French. .



L'auteure  revient  sur le concept d'«immnediacy» pour essayer de dégager des «composantes» de cette proximité liée à l'affectivité  (qui explique, de mon point de vue, «vouloir parler en classe de langue». 
Quelques extraits:

«  Le concept d’ « immediacy » a été mis en place par Merhabian (1971) puis repris par Andersen (1979) dans le milieu scolaire. Merhabian suggère que « l’affection crée les comportements de proximité8 ». Les théoriciens de la communication ont transformé l’équation pour ne pas l’aborder sous l’angle psychologique, mais dans le cadre des théories de la communication. Cette idée initiale est devenue « la proximité favorise les liens ».pag 76


« Il s’agit des comportements qui augmentent l'intimité/ la proximité et les interactions non verbales avec autrui12 (Mehrabian, 1969, p. 203). Dans le milieu scolaire, ce concept peut être défini comme les manifestations non verbales qui produisent un effet sur l'efficacité de l'enseignement (Andersen, 1979) et les comportements non verbaux des enseignants qui agissent efficacement sur les résultats scolaires en classe (Andersen, 1979 ; Andersen & Andersen, 1982). La proximité non verbale est définie comme l’usage implicite de signaux comportementaux de proximité relationnelle» p.76

Je vous invite à lire cette thèse.

(1) Quelques articles de Ferrão Tavares:

D’hier à aujourd’hui (et demain ?) : un parcours de recherche en didactologie des langues-cultures sur la communication

Praticien cherche discipline pour devenir chercheurLa didactique des langues au Portugal : une discipline jeune et nécessaire



Quelle place pour la télévision dans la classe de langue ?



La formation actionnelle (et) multimodale  des enseignants de langues-cultures

https://www.linkedin.com/in/clara-ferr%C3%A3o-tavares-426ab025file:///C:/Users/Admin/Downloads/Ebufe1%20(11).pdf

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Innovations didactiques et innovations technologiques en Didactique des Langues-Cultures

Vai decorrer, na Universidade do Algarve, a 7 e 8 de julho um Colóquio sobre 
Inovações Pedagógicas no ensino das línguas estrangeiras: perspetiva histórica (séculos XVI-XXI

Como de costume, vou preparar aqui a minha comunicação.


La Didactique des Langues-Cultures : une discipline de plus en plus nécessaire

Résumé:



Le titre de cette communication reprend, en le modifiant légèrement, le sous-titre d’un article publié dans la revue Études de Linguistique Appliquée nº 127 (2002) : « la Didactique des Langues au Portugal : unediscipline jeune et nécessaire ».  

Dans un premier volet,  je chercherai à montrer comment l’emploi des différentes désignations de la discipline devrait   traduire  des   innovations (avec des changements)  dans la conception de l’enseignement d’une langue,  des langues et encore des langues cultures, dans  le cadre du système éducatif portugais.  Depuis la désignation  Didactique des langues vivantes, titre  de l’un ou même du remier séminaire destiné aux formateurs de français et de portugais, organisé par le Ministère de l’Éducation, en collaboration avec l’Ambassade de France, en 1977, à Espinho,  jusqu’ à la constitution des départements de didactique  et la création de programmes de master,  doctorat et  agregação dans le cadre de l’enseignement supérieur, dans les années 80 du XXème siècle,  jusqu’à l’émergence de la  désignation, peu consensuelle  encore,  de Didactique du Plurilinguisme, utilisée de nos jours.  L’émergence  de ces désignations au Portugal est bien sûre influencée par l’évolution même de la discipline en France et elle présente des aspects en commun avec les évolutions qui se sont produites dans d’autres pays. 

Dans un deuxième volet, j’essaierai de dégager quelques marques  de changement , entre les années 70 du siècle dernier et  le moment actuel , visibles à travers l’analyse d’un corpus composé de programmes officiels, d’épreuves d’ examens,   de manuels, de planifications d’écoles (disponibles sur Internet) . 

Dans un troisième volet, j'essaierai de montrer des convergences ou divergences entre innovations technologiques et innovations didactiques, appuyée sur un corpus de thèses de master et doctorat qui ont analysé des marques de changements  provoqués par des innovations technologiques en classe de langue.


Enfin,  après le diagnostic,  j’essaierai de montrer  comment la situation actuelle de la classe de langue-culture a besoin d’innover  pour provoquer des changements effectifs dans la classe et s’adapter aux nouveaux publics,  espaces  et temps.




 Remarques préalables :
1.      Le terme innovation implique au départ une valorisation du « nouveau » en relation à l’« ancien » ;
2.      Les innovations institutionnelles, technologiques, didactiques… n’impliquent nécessairement pas de changements dans les pratiques. Dans notre cas particulier, les innovations ne produisent pas toujours les effets escomptés, en termes d’apprentissage des langues;
3.      Les innovations technologiques ne sont pas toujours convergentes avec les innovations didactiques ;
4.      Les innovations institutionnelles ne sont toujours pas convergentes avec les innovations didactiques.
(Cf.
Ferrão Tavares, 1996 Diversité oui, innovation peut-être, mais…». 8ème Congrès APPF, 1996. Referências.Ressources. Lisboa : APPF.p. 26-33.
Ferrão Tavares, 2012 . La classe de langue et le WEB 2.0 . Supplément APPF. 


Cf Ch. Puren
« Ne pas confondre "innovation" et "changement" » - une nouvelle contribution de Christian Puren à la page de son blog consacrée à la classe inversée

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Comunicação em saúde

Antes de desenvolver este tópico, gostaria de referir quatro situações:
-Há uns 15 anos, foi introduzida nos cursos de medicina, no 1º ano, uma cadeira de comunicação. Perguntava-me então um amigo meu professor catedrático de medicina qual seria a vantagem. Respondi-lhe que esta se destinava a que os médicos obtivessem uma formação  sobre aquilo que ele tinha aprendido, desde o berço, com o pai que era um médico: a relacionar-se com os doentes. A comunicação é informação e relação e não basta formar profissionais com informação.
-Quando exerci funções de vice-presidente do IPS, coordenei o grupo de trabalho que propôs a criação de uma Escola de Saúde e, nessa altura, insisti com os colegas para a necessidade de incluir, nos cursos desta área,  UC de comunicação e de telemedicina.
-Na formação de professores há uns anos, em muitas instituições foram desenvolvidos projetos de micro-ensino e depois de videoformação, fazendo as questões de comunicação objeto de estudo e observação por parte dos professores e supervisores de práticas. Não vejo, hoje, conteúdos de comunicação em muitos programas de didática e de práticas em cursos de formação de professores. Com o regresso em força da linguística... não sei se há espaço para estas questões , apesar de tanto se falar em empatia!  E interrogo-me sobre esta ausência. Mas deixo o desenvolvimento deste tópico para mais tarde.
-A minha investigação sobre comunicação e mais precisamente sobre comunicação não verbal e , posteriormente, multimodalidade  teve origem em práticas de observação de aulas enquanto orientadora. Grande parte da bibliografia existente, ainda agora, sobre o assunto diz respeito à investigação  sobre comunicação em saúde.

E começo aqui o «relatório» do meu «projeto de investigação etnográfica» conduzido durante um mês em 5 hospitais e vários consultórios. O meu «corpus» inclui as intervenções de 7 médicos, umas 10 enfermeiras, estagiárias de uma escola de saúde de um  IP  e assistentes operacionais, creio que é assim que são designados.

O contexto de urgências de hospitais públicos é um inferno o que talvez explique parte das intervenções dos profissionais de saúde. Doentes sempre a entrar, quase sempre idosos com muitas dificuldades respiratórias que mal começavam a recuperar eram enviados para casa. Esta prática de mandar para casa doentes para não figurarem nas estatísticas já a conhecia  pelo facto de a ter vivido com a minha mãe, em Coimbra. Mas, não explica tudo.

O hospital de Tomar é um não- lugar onde se espera por ambulância que transporte o  doente para Abrantes. Se for aneurisma .... todos sabemos o que se passou nas mesmas datas, a partir de Santarém! Em Abrantes, os serviços de observação compreendem 3 ou 4 salas com «currais» onde se acumulam os doentes que  têm a sorte de não ficar nos corredores. Os  pés de um doente podem estar em cima da maca do doente seguinte. O espaço é limitado, com muitos muitos doentes.Como os profissionais  deveriam observar  todos... a sensação não pode ser pior. A proxémica explica possivelmente parte das agressões verbais dos doentes aos profissionais. Tratamento por tu dos doentes às enfermeiras e palavrões são recorrentes...  As enfermeiras, aliás, utilizam também o tratamento por tu em relação a muitos doentes de meios sociais mais desfavorecidos. Acabada de acordar, foi-me dito  «Já não vai ter mais visitas, já que o seu marido lhe veio trazer exames». Desatei a chorar o que talvez não fosse o mais aconselhado, dada as situação e, também eu fui malcriada «quero ser transferida já para a CUF».

Muitas intervenções de solidariedade e de simpatia vieram do pessoal auxiliar e de algumas enfermeiras. Mas para algumas enfermeiras, para alguns dos médicos de serviço (e tão novinhos!!!)  e estagiárias, os doentes são não-pessoas, para utilizar a designação de E. Hall. Quando se trata de atender o doente correspondente seguem os procedimentos adequados, caso contrário não observam o doente (apesar deste estar num serviço de observação), passando da posição de 3/4,  para não deixarem que o doente olhe para eles e portanto para não terem de falar ou de olhar para o doente, mesmo que este se esteja a dirigir  a eles. «E só à hora X que volto a observar e a falar com o doente Y, por isso ele que não aborreça». Será que quando há um problema neurológico não há necessidade de falar com o doente? O ar de profundo aborrecimento de estagiárias, o facto de tão novinhas terem adotado a postura de 3/4 ou olhando para os caderninhos de notas, deixou-me preocupada. Como é que estarão a ser seguidas estas alunas? Como serão avaliadas? Que profissionais estão a ser formadas? Deixo esta perguntas para colegas de Escolas de Saúde.

Não posso dizer que o tratamento tenha sido incorreto, que não tenha sido submetida aos exames adequados, que o médico me tenha parecido inseguro, mas um doente precisa de mais!

Ainda um caso de jovem  médico na Idealmed em Coimbra que me perguntava : «que quer que lhe faça?» e me mostrava na internet o estado em que eu deveria estar, mas não estava, pelo que« se resolvia a questão com Benuron». No dia seguinte, o colega mais velho, em Tomar, não só detetou o problema como  telefonou  a especialistas de diferentes áreas para que fosse vista e me telefonou várias vezes ao longo do dia e semana. Telefonemas e marcações especiais também da parte de neurologista e cardiologista da CUF. Os doentes para estes eram pessoas, como ouvi um deles a dizer ao telefone!  

Estas observações não me podem levar a concluir que da parte dos mais velhos há um cuidado com a relação que não existe na comunicação com os mais novos, também não poderei concluir que o privado é melhor do que o público. Mas não posso deixar de insistir na necessidade dos profissionais de saúde aprenderem não só conteúdos, procedimentos, protocolos mas também soft competências. Estas estão a ser valorizadas nas empresas, por que não na formação destes profissionais?
Nos últimos anos, a rentabilidade é a medida de tudo. Para não haver «insucesso» recusam-se os doentes em situação de risco!  A um doente correspondem X minutos. Se o médico atender mais doentes recebe um bónus... Nas escolas, quanto mais alunos...melhor. E se forem alunos com explicações, e de classes sociais favorecidas... ficam bem numa escola! O «sucesso»  e a posição nos rankings é assegurada!
E com Bolonha... há que privilegiar os conhecimentos técnicos! Não há espaço para questões de comunicação, de línguas ou humanidades. Não há tempo para conversar!
Fico muito preocupada com esta visão funcional quer seja em educação ou em saúde!

  


 

    

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Didática de Português; Contributos para Projeto de Formação de Professores: O PNEP

Universidade de Pasárgada: Contributos para Projeto de Formação de Professore...: Antes de pensar numa nova formação é conveniente refletir sobre os projetos de formação em que estive envolvida, nomeadamente, o   PNEP. Em vez de propor o levantamento de  documentos oficiais e materiais deste Projeto aos colegas da Cátedra Eugénio Tavares da Universidade de Cabo Verde, torno  pública esta preparação .

O PNEP foi criado pelo Despacho 546/2007 

http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Legislacao/despacho546_2007.pdf

Em 2008 foi regulamentado e nomeada comissão de acompanhamento
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Legislacao/4678946790.pdf

Foram elaboradas as seguintes brochuras que, curiosamente, são ignoradas  em cursos de  muitas instituições do ensino superior que formam professores.

As Implicações das TIC no Ensino da Língua

http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Documentos/implicacoes_tic_pnep.pdf

O Conhecimento da Língua: Desenvolver a Consciência Lexical
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Documentos/des_consc_lexical.pdf

O Conhecimento da Língua: Percursos de Desenvolvimento
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Documentos/conhec_lingua.pdf

O Ensino da Escrita: Dimensões Gráfica e Ortográfica
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Documentos/ensino_escrita_net.pdf

O Ensino da Leitura: A Compreensão de Textos
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Documentos/ensino_leitura_compreensao_textos.pdf
O Ensino da Escrita: A Dimensão Textual

http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Documentos/ensino_escrita_net.pdf

O Conhecimento da Língua: Desenvolver a Consciência Fonológica
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Documentos/o_conhecimento_da_lingua_desenv_consciencia_fonologica.pdf
O Conhecimento da Língua: Desenvolver a Consciência Linguística
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Documentos/o_conhecimento_da_lingua_desenv_consciencia_linguistica.pdf
O Ensino da Leitura: A Decifração
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Documentos/ensino_leitura_decifracao.pdf
O Ensino da Leitura: A Avaliação 
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Documentos/ensino_leitura_avaliacao.pdf

O Ministério da Educação anterior esqueceu-se completamente deste Programa que esteve, durante  anos em site descontinuado  da DGIDC, e elaborou documentação que pode ser lida neste site.   Algumas brochuras ou cadernos relativos ao ensino da leitura, da gramática, do texto literário, podem igualmente ser consultadas neste site.

http://www.dge.mec.pt/portugues

Espero que as Metas sejam revistas, mas, como em todos os projetos há muito trabalho feito, considero que é importante que este não seja atirado fora sem ser devidamente analisado e reaproveitado. 


O Ministério disponibiliza também materiais destinados a falantes de outras línguas em
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Documentos/portugues_falantes_outras_linguas_sugestoes_atividades1.pdf

Homenagem a Santana Castilho

Não me despedi do Professor e amigo, porque, há uns tempos, deixei de ler os seus artigos e a Covid impede-me de estar hoje com ele. Mas, vo...