Nos anos 90 do século passado, Francis Debyser e Christian Estrade (apoiados em Propp e Greimas) propuseram aos professores de línguas um material didático (cartas de jogar) destinado à construção de histórias: Le tarot des millle et un contes. Sucederam-se várias versões, por diferentes autores, de matrizes para a construção de histórias. Em 1997, Clara Ferrão e Josette Fróis, publicaram uma gramática para o ensino do português no 1º Ciclo intitulada «Era uma vez... uma gramática em histórias». Propuseram, então, uma versão em formato de dados que construíam, muitas vezes, com estudantes do Curso de Professores de Ensino Básico. As ilustrações eram de uma aluna-futura professora.
... e agora... Antígona, para inauguração de exposição, na Biblioteca Alberto Martins de Carvalho, em Coja, organizada pela Câmara Municipal de Arganil , de 6 a 30 de junho, resolveu pintar, também ela, um Tarot, que suscitasse da parte dos visitantes a construção de histórias. Para que o visitante-criança pudesse descobrir pintores clássicos, Antígona foi buscar a Paul Klee os espaços, a Picasso sugestões para os heróis, a Kandinsky sugestões de objetos, a Van Gogh de adjuvantes. Propôs, ela própria, sugestão de oponentes e, para a resolução... os fios de Giacometti servem de pretexto. O sol de Munch foi revisitado para sugerir finais felizes... Outras faces de dados, ou cartas... permitem a construção de outras histórias. «As imagens abstratas geram maior produção verbal», diz Clara Ferrão, apoiada em vários autores.
Aos visitantes cabe a tarefa de contar histórias...
Sem comentários:
Enviar um comentário