quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ponta Delgada, Tomar, Portimão, Olhão...

Qual é a diferença entre estas cidades e outras?

Parecem países diferentes! Estive há duas semanas em Olhão e não podia ficar mais triste! O centro da cidade metia medo. Às 16 horas de um sábado, ninguém, cafés fechados, lojas fechadas, prédios lindos degradados...Ruas sujas!

Tomar, domingo 10 horas da manhã, para dar um exemplo concreto... copos de plástico movidos a vento, garrafas  nos canteiros da rua principal... Os prédios estão degradados, as lojas fechadas (há muitos meses), cartazes velhos colados dos vidros, lixo, caixotes cheios...

E , no entanto, gastou-se muito dinheiro. Até se construiu uma «fonte cibernética» numa rotunda, mas  só deve ter havido dinheiro para pagar a luz 2 ou 3 meses. Voltou a canteiro de flores. Está mais limpa!

Ponta Delgada, Ribeira Grande, Vila Franca do Campo... Tudo recuperado! O que não está recuperado está em vias de recuperação. Tudo pintado, limpo, não há grafitis... os edifícios particulares e os públicos! Fez-se uma estrada boa para ligar as extremidades  da ilha, mas sem viadutos nem túneis  que escondam a paisagem (como na Madeira): Não há obras faraónicas, mas igrejas lindíssimas, escolas (espero que não sejam fechadas!), centros desportivos, piscinas adaptadas ao número de utilizadores. Nada a mais!

E a limpeza! Não há um cigarro no chão, um papel... durante as «noites de verão» ou a festa medieval há gente a varrer! E as pessoas não sujam!

Toda a gente a fazer piqueniques nos parques,  lindos...há lenha arrumadinha para fazer os churrascos! Usa-se, limpa-se... e não se deixa uma garrafa, nem um papel...

No Ilhéu de Vila  Franca só podem entrar 400 pessoas por dia! Está a lotação esgotada! Paciência, vá amanhã!

Estradas cuidadas, as flores! Os jardins! E se comparássemos com os de Portimão ou da Praia da Rocha! Por favor senhores autarcas ... vão fazer um estágio aos Açores. E já agora açorianos... alguma coisa foi estragada nos anos 70... mas têm feito um esforço ... continuem sem estragar. Já se viu o resultado dos centros comerciais! Mantenham as vossas cidades, os vossos parques e jardins  com vida, com encanto. Venham aprender ao continente o que não devem fazer. As pressões devem ser grandes, mas  têm o que só   existe em poucos lugares do Mundo: a beleza, a paz, a coerência, convergência entre os elementos naturais e artificias, as cores, os sons dos pássaros!


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